Q uando um particular ou uma empresa cometem um erro com os outros pagam indemnizações e, se for crime, vão para a cadeia. É a teoria, salvaguardando que a Justiça só existe e se mexe para ricos e "pega de empurrão", dava-se bem com alguns padres. Teorias e leituras. Os pobres, remediados e esta classe média depauperada não conseguem sustentar casos na Justiça, nem mesmo recebendo de volta muito tarde, qual Subsídio Social de Mobilidade, também feito para ricos. Se, depois de acusados e lido o veredito se demorarem a cumprir, os condenados pagam coimas. Se forem reincidentes as penas aumentam. O que vão fazer com estes crimes da Igreja? Um ato de contrição e orações? Cumpre-se a limpeza pública e assim ficamos? Um particular ou empresas chegam a vender bens para pagar indemnizações.
É evidente que a Igreja passou ao lado de tudo isto durante 70 anos, quando sabemos que já no século IV houve caça aos "tarados sexuais" sobre o que aparecia. A Igreja gozou e goza de um tratamento distinto, como se vê comparado com outras confissões neste estado laico. Só os casos dos ainda vivos e sem vergonha foram denunciados na comissão que averiguou a situação em Portugal.
Se uma criança ou até um adulto acusasse um padre, na ausência de todas estas revelações que vêm de há alguns anos em vários países, como seriam tratados? Com suspeição, com repreensão, como se fosse mentira, tal e qual como se faz hoje em dia nas tropelias do GR, é um tabu dos status quo e da falsa moralidade, a do medo. Alguns gozam de estatuto e de posição para fazer crer que os outros estão "loucos".
A Igreja neste quadro é um negócio da palavra, basta ver uma reportagem sobre o antes, durante e depois da pandemia no Santuário de Fátima. Os crentes com uma boa palavra não enlouquecem neste mundo de injustiças que vivemos mas, e quando a própria Igreja produz injustiças e crimes? Qual o exemplo, que sentido faz o "negócio" da palavra? É retórica política que sustenta outro gangue?
Eu sei que falando assim arrepia e revolta alguns, mas talvez seja por não estarem protegidos numa bolha alheada da realidade, onde a cada momento temos que decidir o bom e o mau na vida real, muito além da palavra enclausurada em textos bíblicos, favorecimentos, tratamentos diferenciados, etc, haja cada vez mais "protestantes". Os que denunciaram os atos bárbaros e imorais no seio da Igreja então registados, onde mais uma vez alguns, numa posição de importância e de ascendente, se aproveitaram da fraqueza dos outros, para se exibir como detentores da verdadeira fé, igual a qualquer um desse grupo de poder "enlapado" na Madeira.
Estamos em mais um momento Protestante?
Criado com a Reforma Protestante do século XVI na Europa, teve como líder Martinho Lutero. O movimento marcou o fim da unidade cristã na Europa Ocidental. A Reforma Protestante iniciou-se com a insatisfação em relação à práticas da Igreja Católica considerada imorais. O intuito inicial era promover uma reforma da igreja, mas resultou na criação de outra vertente religiosa. Martinho Lutero rompeu com a Igreja Católica, defendeu ser a fé o elemento fundamental para a salvação e condenou a venda de indulgências pela igreja e o rebaixamento moral do clero da época. De acordo com o protestantismo a fonte de fé é a Bíblia. Lutero acabou com imagens dos santos, suspendeu o celibato, proibiu o latim das celebrações e manteve o batismo e a eucaristia.
Há cada vez mais mal formados, que não têm condições para ter poder, que resolvem a vida com rendimento, bens e isenções, ficando para os outros a palavra gratuita e o teatro dos fingidos. Só pretendem salvar o gangue onde vegetam porque sem ele não são nada, igualzinho como na política. A vigília inócua serve para manter o negócio da palavra, pois absolutamente nada é restituído, recompensado, indemnizado, castigado, reposto, atenuado, ... só mantém um lado, o negócio da palavra enquanto os crimes são em atos, palavras e omissões. Que a vigília seja sexualmente abusada.
A Igreja, se calhar, começa a pensar que, com esta imagem, vai receber menos benesses do dinheiro público porque, qual partido coligado, não arranja votos para a máfia.
Notas: uma referência àqueles que tendo estudado no seminário não toldaram a cabeça noutro fanatismo. Outra palavra para o Papa, pessoa isenta e respeitável que tem que aturar este clero desviado. Não confundir a pureza da fé com aquela que é praticada pelos homens.
Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 18 de Fevereiro de 2023
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