![]() |
Link da Notícia |
O jornalismo regional, nos nossos dias, responde ao interesse e aos impulsos de vários donos, tendo abandonado a massa crítica de que é feito cada jornalista, munido de perspicácia e usando a sua posição junto da informação privilegiada. Copy past, de onde quer que seja, é o caminho mais seguro, inclusive por interposição da LUSA. Massa crítica, isso não acontece na Madeira, temos jornalistas convertidos em publicitários de todos aqueles que são proprietários, do poder que dá subsídios e de quem faz publicidade. Aqui não há vadios? Se tu tens este vínculo nunca terás uma crítica sobre Oligarcas, DDTs, Anunciantes e Poder. Agora repare no largo espectro de cobertura não jornalística que esta situação tem.
Como já se tem dito, Eduardo Jesus é o pior secretário de turismo que já tivemos, mas nem uma palavra crítica se ouve ou lê, porque está a coberto de quem quis destruir o nosso modelo de turismo. Bom indivíduo para massificar e encher a quantidade imparável de camas que resulta em problema de quantidade e frequência nas atrações turísticas. Eduardo Jesus é vaidoso e já tinha sido expulso das elites, aprendeu, veio compactuar. Qualquer dia o turista enfada-se das bichas, não aproveita o tempo. E os mesmos que o instruem a isto são os proprietários dos jornais. É natural que o CM cresça a olhos vistos.
Toda a governação na Madeira está obcecada por atalhos para a notoriedade, por falta de um trabalho base sério. Na Madeira quer-se a fotografia com todos para se dizer aceite e popular, quer-se prémios como justificação de boa governação. Este modelo sem bases e trabalhado para o prémio está errado. Tal como a mentira é vulgar como argumento para salvar situações, como a sociedade de vadios que não querem trabalhar afinal são empregados e desempregados que estão a ir embora da Madeira, os prémios estão seccionados no tempo e no conceito, ou seja, dá-se a notícia do prémio seca sem perceber onde nos colocamos no mundo.
Eu vou copiar 3 parágrafos e comentar (link da notícia). De entrada, "entidade internacional de certificação", esgotada a estupidificação da população com prémios pagos e ao clique chegamos ao "agora é a sério!"
A Região Autónoma da Madeira foi reconhecida como um "destino turístico sustentável", tendo-lhe sido atribuído o galardão Prata da EarthCheck, entidade internacional de certificação nesta área, informou hoje a Secretaria Regional do Turismo e Cultura.
A seguir, para ter mais gozo, deveria ser Albuquerque a anunciar para pronunciar a palavra "vanguarda". Numa terra onde o betão e suas empresas fazem o que querem numa corporocracia, que se atenta contra a Laurissilva com o exemplo do Caminho das Ginjas, de lagoas que gostam de estar secas, de reflorestação que também seca (ficando os plásticos), de aumento do consumo de combustíveis fósseis pela massificação do turismo e talvez na combustão de "fósseis" do amigo monopolista (até porque a energia verde está a falhar, é só pensar na Lagoa do Pico da Urze), de massificação que está a terraplanar trilhos e levadas com "manadas", com os estacionamentos sempre a crescer, com teleféricos que não respeitam a paisagem (como no Curral das Freitas), com o abate da espécie única como a Cabra do Bugio nas Desertas, ao enterrar pneus em vez de reciclar, da eliminação da paisagem agrícola dos socalcos (poios) que deslumbravam os turistas para converter os terrenos para a construção, com a eliminação dos rendimentos das produções que mantém a paisagem humanizada (através de de cooperativas para dar tachos e vencimentos milionários a amigos), com a falta de combate a pragas que estão a colocar a pique praticamente todas as produções ... (vamos parar mas continuava) ... temos este desplante de notícia transcrita do interessado na propaganda!
"A distinção permite reforçar o posicionamento da Madeira como um destino turístico com enfoque no desenvolvimento sustentável", disse o secretário madeirense com a tutela, Eduardo Jesus, à agência Lusa.
Os vanguardas a reboque! A Madeira interessa-se por betão e alcatrão, o resto é maquilhagem. Este caso é mais um a correr atrás do prejuízo e explico. Em dezembro de 2019, os Açores tornaram-se no primeiro arquipélago do mundo com o certificado de destino turístico sustentável, certificado pelo Conselho Global de Turismo Sustentável. Isso atraiu turismo de qualidade do continente europeu e americano e fez muitos navios de cruzeiro começarem a preferir os Açores em vez da Madeira. É um registo de natureza cuidada. Só então a Madeira se preocupou, por uma questão de honra e chamariz, porque a destruição da sustentabilidade vê-se com os números da população a cair e a emigrar enquanto se opta pela massificação ... ela é sustentável??? Quais são os pilares estratégicos do Turismo da Madeira? Não me façam rir!
O governante destacou que esta certificação por uma entidade mundial "vem reconhecer e validar todo o trabalho desenvolvido pelo destino ao longo das últimas décadas na defesa de um território mais sustentável a nível ambiental, cultural, social e económico, comunicando segurança, confiança, e um compromisso sério e transparente para com a sustentabilidade
Meus senhores, antes dos prémios e das certificações está a convicção honesta para alicerces do Turismo Sustentável, sabe quando começaram os movimentos para um desenvolvimento sustentável que logo sugere o turismo? Na década de oitenta do século passado, quando começou a folia dos milhões para obras de Jardim (dívidas, construção aloucada, gasta-se tudo), por conta dos problemas ambientais que começaram nessa altura a ser cada vez mais notórios e que tem por base:
(...) desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em satisfazer as suas necessidades. (UN, 1987, p. 43).
Então temos um Presidente que quer umas Ginjas à força, o caminho, contra tudo e todos os seres pensantes, contra a UNESCO, e agora qual cartaz idílico numa Madeira betonificada, vai a mais um "galardão" sem realidade palpável? Estão a dizimar a natureza e os madeirenses e acham isto sustentável? Picar objetivos para "galardão" é fácil, a realidade é outra!
Estas certificações também existem como aliciante de prémio, fomentar o desejo das organizações contribuírem para o desenvolvimento e turismo sustentável, o problema é a forma como se instrumentaliza para fingir e a Madeira é um belo exemplo e politização e instrumentalização de tudo.
O propósito e os benefícios destas certificações podem ser variados, incluindo a oferta de um turismo mais ecológico, a atração de turistas green-minded, a informação aos visitantes sobre a performance ambiental, o aumento da responsabilidade social a nível empresarial, mas talvez o mais importante seja, a redução de custos através de uma melhor gestão ambiental. Dunk et al. (2016, p. 1586)
Onde é que o Governo da Madeira respeita os green-minded da Madeira? Vocês são falsos como Judas! De vómitos. Fingidos, burlões! O fraco jornalista que copiou a missiva do secretário foi incapaz de explicitar mais os destinos turísticos certificados no âmbito da sustentabilidade, que podem atingir vários níveis:
- o primeiro ano é a Certificação Bronze,
- segue-se a Certificação Prata (1 a 4 anos) - a Madeira está aqui,
- a Certificação Ouro (5 a 9 anos),
- Certificação Platina (10 a 14 anos),
- culminando na Certificação Master (em destinos certificados há mais de 15 anos).
A renovação do certificado depois efetua-se a cada 12 meses. A pergunta é esta, com a betonização e loucura da construção chegaremos aonde nesta fantochada? Como somos sustentáveis se massificamos e a população desaparece? Se você vive na Madeira como eu, com a pobreza galopante, pessoas a fugir daqui, com a violência, crime e droga, destruição da paisagem e desatenção com a natureza, onde encaixa isto:
(...) vem reconhecer e validar todo o trabalho desenvolvido pelo destino ao longo das últimas décadas na defesa de um território mais sustentável a nível ambiental, cultural, social e económico, comunicando segurança, confiança, e um compromisso sério e transparente para com a sustentabilidade. Eduardo Jesus.
É anedota?
Eu teria muito mais para dizer mas a cabeça do madeirense é fraca e estala como pipoca se vir muito texto, mas é justamente por isso, falta de leituras, que se deixa enganar por maus políticos e jornalistas. Pergunta final: quando é que Pedro Calado destrói mais ciclovias e mete mais carros dentro da cidade?
Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 25 de Fevereiro de 2023
Todos os elementos enviados pelo autor.
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.