É hora de deixar as Igrejas vazias


Capela dos Crânios – Czermna, Polónia

E u pensava que era algo exagerado o que saiu no CM (link), mas vendo agora as notícias até peço mais, é hora de dar uma lição à Igreja que tanto prega mas não assume a sua própria pregação. Ver o clero, que deveria ter responsabilidade, a ser uma imitação de Vale e Azevedo, dói. Já não fica nada para acreditar.

D. Januário Torgal Ferreira, já reformado, é o mais lúcido. Se a Igreja não passar por esta prova, quando já não anda bem, morre com as gerações mais antigas por mais Jornadas da Juventude que realizem. Quando a política abusa da Igreja para se fingir casta e envolvida, num abuso da fé, é uma interferência na Igreja. Presume-se que a Igreja tem tantos rabos de palha que não consegue meter ordem em lado algum. Estamos mal, a Igreja deveria se dar o respeito e falo daqui da Madeira.

Quando começam a "engonhar" no caso dos abusos sexuais é sinal que querem paninhos quentes até que passe (link). Parecem os governantes regionais ao fim de cada bronca, à espera que o tempo faça esquecer. Ninguém parece ter na Igreja responsabilidade, só expediente, jogo de cintura, dilação, palavras, etc. É interessante perceber que é de um bispo reformado, um bispo emérito, D. Januário Torgal Ferreira, que surge a lucidez apesar de ter estado no ativo no período a que se reportam as investigações. Está limpo pela força que tem, o que entra em comparação com os outros. O que acontecerá se alguém assumir a mesma posição estando no ativo neste momento?

Felizmente e por entre os membros do Governo da República, para se defenderem de casos, suspeitas e acusações demitem-se, assim não beliscam a imagem do executivo. Por cá é naturalmente uma paródia ver o nosso Bispo local a imitar o Governo Regional. Nem se demite nem dá resolução. Quando algo de grave está a ser cometido, a Justiça prevê as providências cautelares, parar tudo para analisar e dar caminho à legalidade. A Igreja tem pedófilos, abusadores sexuais, perpetra crimes no seio de alguns do clero que perfaz a Igreja, são muitas gotas de óleo na água, mas parte do pressuposto que todos são inocentes até prova em contrário, é uma das regras da Justiça, sim senhor, mas estamos a falar de uma enorme quantidade de casos que abalam a Igreja, não é um ou dois. A Igreja não tem um caso de árvore na floresta mas sim de floresta!

A perda de confiança nas hierarquias superiores da Igreja é real e levam a perguntar se não há mais situações por descobrir, se acaso os padres culpados forem visados e condenados, se depois não se configura uma situação de "zangam-se as comadres". A mim, a resistência em atuar de forma célere e colaborativa com a Justiça leva-me a esse pensamento.

É hora das igrejas, em defesa da fé e exigindo exemplo à Igreja, em momento raro dos fiéis, de se começar a deixar os templos vazios até que a Igreja respeite a fé.

É preciso uma purga na Igreja portuguesa, consequências, caso contrário este clero ainda encontrará seguidores mas depois morre. Não sei se depois vão importar tapadinhos para colmatar, aqui é provável seguindo maus exemplos.

Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda feira, 06 de Março de 2023
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