Primeiro peço desculpa ao JM por ter utilizado a foto da primeira página mas como é muito elucidativa serve que nem ginjas para o propósito deste pequeno texto.
J ulgo que as desculpas foram aceites por isso vamos a factos. Vou começar por dar os parabéns à publicação do CM sobre o “Óscar” dado ao Miguel Albuquerque (link). Se bem que a maioria dos leitores apenas se divertiu com a imagem do Sr. Presidente a receber o “Óscar”, o texto é muito mais acutilante e provocador. Tal como Nostradamus, o autor do texto previu o aparecimento de muitos cientistas a defender que as obras e o betão salvaram a Madeira de mais uma Aluvião (sim, “Aluvião” é um substantivo feminino).
O primeiro cientista foi o ilustre Diretor do Diário que na sua habitual rubrica “Boa noite” escreveu que foi graças às obras que se evitou mais uma Aluvião, o mesmo que meses antes acusava as construtoras de roubar pedras nas ribeiras (como corroborou Sérgio Marques na Comissão Parlamentar de Inquérito). Mas como dizia o saudoso Alberto João: “só os burros é que não mudam de ideias”.
Assunto encerrado.
Vamos a outra Cientista. Susana Prada, geóloga e Doutorada em chuva invisível veio também afirmar que, como choveu mais que o 20 de fevereiro, foi graças à política ambiental do Governo que não houve Aluviões. Foram as árvores que V. exa. mandou plantar e que por azar não cresceram? Se foi assim que provou a sua Tese de Doutoramento (confesso que não li) então duvido da qualidade da mesma. Como a Sra. Doutora é geóloga de formação, convido-a a ver as imagens de satélite das encostas a montante das ribeiras e compare com os milhares de escorregamentos que foram assinalados no 20 de fevereiro de 2010. Sim Sra. Doutora, os milhões de metros cúbicos de material sólido que caíram para as linhas de água e que contribuíram para a Aluvião do 20 de fevereiro!
Como os cientistas são como as pulgas e nunca vêm uma só, Pedro Coelho no seu artigo de hoje do Diário defende o betão e as tais estruturas de retenção de material sólido, mais conhecidas por Açudes. Dr. Pedro Coelho, não sei se sabe, mas a ribeira dos socorridos e a do vigário do seu Concelho não possuem essas tais estruturas, o que se conclui cientificamente que se tivesse havido desgraça em Câmara de Lobos a culpa era de não existirem estruturas e não ao contrário. A conclusão cientifica que se tira é que pelo lambe-botismo às referidas obras, será que estamos perante um possível candidato ao cargo de Secretário Regional de Equipamento Social?
Propositadamente deixei para o fim a foto de primeira capa do JM e perguntemos ao comum leitor que se os Açudes tivessem funcionado - como agora se apregoa - não deveria haver milhares de toneladas de detritos sólidos retidos? Pelo que se vê na foto parecem ser meia dúzia de eucaliptos para lenha!
Das três uma, ou os Açudes falharam, ou as ribeiras a montante não trouxeram a quantidade de material sólido esperado, ou trouxeram tudo o que havia depois dos açudes. Julgo que a segunda hipótese é a mais credível. É caso para dizer, pela foto morre o peixe!
Publicações a serem consultadas do Facebook do senhor Miguel Sá:
- Foz da Ribeira de São João que bloqueou a Marina do Funchal #1
- Foz da Ribeira de São João que bloqueou a Marina do Funchal #2
- Foz da Ribeira de São João que bloqueou a Marina do Funchal #3
Desafio assim os leitores do CM a visitarem todos os Açudes (as visitas ainda não são pagas) e verificarem a quantidade de material sólido que foi retida e que, graças a Deus, evitou a Aluvião.
Em modo conclusão, aconselho todos os cientistas que opinaram a se inscreverem num curso de Geologia ou de Engenharia Civil na Universidade da Madeira (esses cursos ainda existem?)
Com dizia Jaime Ramos: “Cada macaco no seu galho!”
Comentário CM: caro autor, o "… e o “Óscar” vai para… Miguel Albuquerque!" é o quinto mais visto da semana por agora. Para a nossa segurança não vamos dizer quantas leituras significa mas são muitas.
Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 8 de Junho de 2023
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