A Barbie e o Ken


C riada pela Mattel, a Barbie surgiu em 1959, vinte anos antes de eu ter nascido. Lembro-me perfeitamente da primeira Barbie que tive, Loura esbelta com um vestido brilhante cor-de-rosa. Depois disso tive mais duas Barbies e só muito mais tarde é que me ofereceram um Ken, que não gostei nada por ter um ar machista. 

Com cerca de 27 cm, loura, pernas esbeltas, lábios vermelhos e óculos de sol, a Barbie tornou-se a primeira boneca em série para as meninas que sonhavam crescer e serem iguais à Barbie. Trocava-lhe a roupa, penteava-a e suspirava um dia ser igual a ela.

Embora o Ken fosse oficialmente o namorado da Barbie nunca confiei nele porque tinha aquele ar de queque que a enganava com outras rameiras.

Ainda não vi o filme que está a dar que falar, mas quer se goste ou não, Barbie é o filme que está a bater recordes e segundo uma amiga minha o Ken é um pão. Limitado, tosco mas um pão.

Um dia destes, olhando para a foto de uma notícia na internet de dois conhecidos políticos madeirenses, dei comigo a imaginá-los como sendo a Barbie e o Ken. Ri-me! 

Imaginei a Barbie uma mulher interesseira e maquiavélica, capaz de tudo para não perder o Ken. Pelo contrário, o Ken, que era um homem lindo, de olhos azuis, bem-falantes, que pecava por possuir raros rasgos de inteligência. O casal bem da vida mantinha um casamento de fachada para que todos acreditassem neles e os continuassem a convidar para as festas do Jet-Set. Ou muito me engano mas este casal não tem futuro e um dia vão decidir ir cada um para seu lado.

Cresci e, para pena minha, perdi as minhas Barbies e hoje sinto pena que as minha filhas prefiram o telemóvel. É outra geração que já não acredita em contos de fadas.

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 26 de Julho de 2023
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