O Porto Santo está apetrechado com um novo parque urbano. Outrora o mesmo parque dava acolhimento a inúmeras pessoas que adoravam fazer campismo quer por lazer quer por necessidade. Das vastas memórias que tenho, o parque de campismo era mais visitado por Madeirenses que não tinham condição financeira de passar uma semana no Porto Santo.
O Pr. do Governo Regional, numa entrevista dada a RTP MADEIRA, vem indicar que o pretendido para o Porto Santo é um Turismo "requintado" e "cheio de pasta", pretendendo que os hotéis pratiquem um preço mais elevado. Ora, a sua prepotência e manifesto desprezo pela população que governa não pode ficar impune. Há que informar ao Sr. Presidente que o salário mínimo não chega aos 800€. Há que referir que uma noite no Porto Santo não fica por menos de 150€ e que esse montante traduz-se num valor percentual superior a 20% do salário da maioria dos madeirenses.
É momento de refletir se queremos um Presidente do Governo Regional que só quer estrangeiros para fazer negócios imobiliários e dar de comer aos grupos económicos protegidos ou se queremos um Presidente do Governo Regional que realmente se preocupa com os Madeirenses. Madeirenses esses que nem conseguem pagar a casa, quanto mais passar férias aqui ao lado na ilha do Porto Santo?
A resposta a dar perante tais palavras e atitudes ao longo destes últimos 4 anos, a meu ver, merecem uma reprimenda no próximo dia 24 de setembro nas eleições regionais.
Deixo as seguintes reflexões. Um Governo que diz que se preocupa com os madeirenses, especialmente os mais jovens, no que diz respeito à habitação, não limita a concessão de atribuição de licenças de alojamento local? O Governo lamenta-se de não haver mão de obra para trabalhar e esquece-se que quem trabalha merece habitação? Onde é que os emigrantes vão dormir? Bairros de lata? Tendas? A desproporcionalidade e a razoabilidade enfermam este governo obstinado pelo poder e pelo dinheiro que entra por portas e travessas...
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 4 de Setembro de 2023
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