O descalabro da credibilidade na política regional está no ponto crítico e, talvez, de não retorno. Na nossa Região, ao folclore a que nos habituamos desde os tempos ainda não idos do jardinismo, seguiu-se um perene crepúsculo de tonalidades alaranjadas tão empobrecidas que vão revelando o avançado estado de decomposição da governança regional.
É penoso, frustrante e deveras preocupante ver e ouvir discursar Miguel Albuquerque e até Rui Barreto, tal a intensidade da retorica balofa e a demagogia que esbanjam com as mãos cheias de nada.
O primeiro, tenta tapar brechas de duvidosa e má gestão com amuos impróprios de servidores públicos com contas para prestar ao eleitorado.
O segundo, teima em descer o nível ao submundo da manipulação hedionda, ao apropriar-se de horários nobres mediáticos para remexer alegados assuntos de família.
O arraial do vale-tudo desceu está prestes a esgotar os degraus de miséria, tornando este período de campanha eleitoral na Madeira democraticamente insuportável, até numa terra como a nossa, onde o melhor dos sistemas políticos descritos nos manuais escolares nunca ter sido conhecido em seu estado de graça.
Os tempos auguram mesmo desgraça e, nesta balbúrdia política na qual estamos encurralados, já não é possível distinguir o fato dos governantes do fato dos candidatos, quando estes, nem sequer para disfarçar, os trocam.
É impossível ter confiança política numa equipa de patos bravos sem modos nem argumentos válidos.
A Madeira pela qual precisamos de ser resilientes não pode continuar refém dos mesmos que jogam a pedra e escondem a mão, nem tampouco daqueles que escondem no bolso aquilo que lhe metem na mão.
Quero um futuro para os meus filhos e netos sem drogas, sem mendicidade ultrajante, sem necessidade de apoios para tudo.
Ambiciono uma terra próspera e revigorada, livre dos parasitas que a roem por dentro.
Tudo tem um fim. E cada términus é também um recomeço.
Certos disto, sei que ainda vamos a tempo de olhar e alavancar alternativas a este suicídio coletivo e de salvar a nossa Autonomia.
Que assim seja.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 15 de Setembro de 2023
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