A Madeira tem um orografia e floresta que convida ao "cosi", o nosso destino turístico era de charme e de ecoturismo, depois quiseram massificar quando outros desistiam desse turismo porque era insustentável, os preços começaram a subir para desencorajar. Na Madeira vivia-se em contraciclo, a euforia da low-cost e de números recorde quando, quem não está viciado em Alojamento Local, Rent-a-Car e outros serviços com este boom, sabe que basta ver o pandemónio do Pico do Areeiro ou Ribeiro Frio para se saber que ninguém fez um levantamento da capacidade de carga das estruturas e pontos turísticos já explorados nem identificaram o potencial para a criação dos novos pontos turísticos, antes de dar o passo, como forma de dispersar as pessoas. Estamos a criar má experiência aos turistas e o locais perdem a pachorra de visitar lugares dentro da sua própria ilha. Passeios a pé por levadas e trilhos deixou de ser uma paz de espírito, exercício aprazível e introspecção. É por isso que muitos consideram este o pior secretário do turismo de sempre. A política é a gosto da construção e da hotelaria, deve ter aprendido na primeira experiência de governo a deixar andar. Os lóbis e os monopólios estão a destruir a Madeira.
Pegando num ano antes da pandemia, a Madeira atingiu em 2015 cerca de 1,1 milhões de hóspedes, entre eles, 800 mil foram estrangeiros e 300 mil nacionais. Em termos de oferta turística, a RAM dispunha há 10 anos atrás, em 2013, cerca de 30.635 camas, tudo bem contado, até o turismo em espaço rural. Na altura, a oferta de camas eram 72% classificadas como 4 e 5 estrelas.
No POT (Plano de Ordenamento Turístico) de 2014 previa-se que o arquipélago da Madeira tivesse em 2025 uma capacidade de alojamento na ordem das 40.000 camas, sendo elas distinguidas como 35.500 na Madeira e 4.500 no Porto Santo. Consideravam taxas de ocupação médias de 55,5%, e estimando 8,4 milhões de dormidas, o que correspondia a 1,38 e 1,52 milhões de turistas.
Na atualidade, o elemento mais fiável de avaliação é "a olho", através do caos nas atrações turísticas, do trânsito, carros de rent-a-car a multiplicar, e porquê? É que oficialmente a Madeira diz que tem 51 mil camas (mais 11 mil, dois anos antes), mas não contabiliza o Alojamento Local, aliás, só conta se tiver mais de 10 camas. Conhece muitas casas com mais de 10 camas? Só se for da invasão de brasileiros e asiáticos para a hotelaria (outra história a fiscalizar). Portanto, a fatia de leão não está contabilizada, mas também vemos imensas placas AL. Agora volte ao parágrafo anterior, previam 40.000 para 2025.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, mostra-se “muito satisfeito” com os resultados que a região apresentou no primeiro semestre de 2023 e acredita que, “possivelmente este ano”, a Madeira ultrapasse os “10 milhões de dormidas”. 22.06.2023 Publituris
Previa-se para 2025 8,4 milhões de dormidas, reais, os 10 milhões de Albuquerque são as contabilizadas na hotelaria (e já supera) mas praticamente sem Alojamento Local.
O Governo Regional cometeu um erro, não é sustentável, a água começa a mingar, ouçam a Secretária Prada (depois das eleições)
No último ano choveu menos 28% do que o valor médio de precipitação: 1678mm/ano. (Link)
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 7 de Outubro de 2023
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