N aquele tempo, o veículo das vozes discordantes, do escrutínio e do contraditório, em prol da verdade, cumpria a democracia de respeitar a opinião de todos, sem fact-check inclinados ou respostas de bezerros, sejam eles de ouro ou pechisbeque. A Liberdade de Imprensa e de Expressão irritava aqueles que já estavam tempo a mais a armadilhar, confinar, blindar e silenciar a Madeira e os madeirenses. Neste tempo continuam a estar, com mais aliados que o todo poderoso e vil dinheiro consegue comprar ou vergar. A dor nalguns é imensa, uma tristeza. A azia nalguns é imensa, o orgulho não perdoa e a cabeça ressente. O atrevimento em alguns é total, estão finalmente na sua praia e invertem os valores e posições de uma sociedade em sã democracia.
Quis o tempo que as tenebrosas manipulações do poder gerassem uma emboscada de lobos, são enriquecidos para isso. Não havendo cordeiro, mas simplesmente mérito e virtudes suficientes para uma estatística diluída e positiva, quem está distraído a trabalhar e de boa fé não percebe os terroristas a cercar. Dizem eles que quem tem tempo para trabalhar não tem tempo para enriquecer, acho bem verdade, se passas o tempo a estudar o golpe é natural, o problema é haver líderes de caca.
O tempo mata, porque envelhece, porque os comboios passam, e esta ausência de alternância, que vai por uma vida, diz a muitos que não podem estar sempre à espera de dias melhores aos 50 ou 60 anos, eu diria 70, de 20 para uma idade ativa e 50 de xenofobia política. Estas contas também matam, e dizem que são democráticas. Há gente que sempre viveu em guerra e encontra uma normalidade nisso, há quem tenha vivido sempre na democracia da Madeira e sente o mesmo. O tempo mata para a maioria quando é dinheiro em caixas para outros.
Eu sei para onde caminhamos, a abstenção é passado, agora é o radicalismo, populismo e extremismo que tomam conta deste tradicional, dos partidos, das famílias e do sucesso. O egoísmo mata a democracia. Ao que parece, quando alguns dos que tratam das notícias fraquejam, revelam-se cópia pior do que o original. Neste tempo, toda uma série de gente com razão e visão calou-se, comprada e vergada pelo yuppie citadino que parece ter mais mel do que os vernáculos rurais. Ele é querido para implementar uma autocracia doce, porque o "agri" vem a seguir. Ele implementa doce, o agri vai mostrar com quantos paus de faz uma canoa, com poder não precisa de parecer humano.
Parece que quando estamos montados no esquema já não dói e é aconselhável, defendendo com unhas e dentes como já antes se fazia. Agora, o porta-voz da mudança encolheu-se e realiza os mesmos atos de intimidação, perseguição e revisionismo, a propagação da "boa-nova" do messias senhor.
Há os que mudaram e os que não mudaram, repetem-se cenas, a vida é um loop de novos atores sempre a rodar, onde os que mudaram zelam pela manutenção, coisa que antigamente não era plural nem democrático, mas que hoje em dia, em pleno gozo do estado de graça, já o é.
A lição que o tempo nos dá é que isto vai tudo da questão de que se ... "estou a mamar" ... tudo está bem, e até se acompanha os vernáculos do passado. Fica a memória dos que durante estes anos tombaram, na luta por uma democracia melhor na Madeira, e que hoje perfilam na condescendência. A vigência das quase 5 décadas é o somatório dos que foram comprados ou vendidos que acrescentam tempo ao tempo e que dá sempre para adiar. A vigência mostra a qualidade do povo. A narrativa é o coro dos aderentes, cada vez mais raivosos, no desconforto de ceder por necessidade ou convencimento, porque quem cede vive melhor para si, mas não para os futuros. O egoísmo está sempre presente.
A frase não é minha, é do fogoso Jaime Ramos em defesa da sua dama, o proprietário e não a gata, quando se calhar já apostava noutros cavalos porque até ao dia de hoje não se deu mal com nova gerência. Portanto, quando aboliste o mérito no curso do tempo, os sobreviventes são aqueles que mudam de camisa e, os de sucesso, os que se reinventam. Revisitar é uma lição de vida, o revisionismo é outra.
Portanto, Albuquerque vai viver as mesmas cenas de Alberto João ... É verdade que alguns saíram de circulação, no entanto, já não se houve queixumes, ou é do malho, ou é do malhadeiro, ou então agora está bem assim. É interessante ver quem faz o "trabalho" de Jaime Ramos nos nossos dias e todos os que lá estão.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 25 de Novembro de 2023
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