Identificação de um problema da imprensa

 

Agora, a maioria vem "confirmar" notícias tendenciosas e colaborar na narrativa.

T emos visto o jornalismo em foco no CM, é um problema esta domesticação da Liberdade Noticiosa, de Imprensa e de Expressão, muito se tem falado, mas há uma área que ainda não foi abordada. A dos convidados a escrever Artigos de Opinião e que trazem uma série adicional de anticorpos aos jornais. Não é certamente o problema maior, nem sequer o segundo, mas é um ingrediente da descredibilização. O maior problema será sempre a propriedade dos órgãos por oligarcas sorvedouros do Orçamento regional, subsídios e planos que se dizem de Recuperação e Resiliência e que acabam nas mãos dos que mais têm, muitas vezes com empresas na hora...

Infelizmente, mesmo em terra de muitos em bicos de dedos ou de pés, isto é pequeno demais para alguém se importar em investir na comunicação social, só mesmo aqueles que têm outras fontes de riqueza garantida cá, como é o caso, e que os jornais são parte da estratégia de poder económico, de pressão política, de condicionamento democrático, perseguição de oposicionistas e de tentativa de popularidade no seio das massas. O problema foi identificado pela impotência sincera de Sérgio Marques no Inquérito às Obras Inventadas em relação à entrega do JM. Mas, se por um lado isso demonstra a Corporocracia (governo das grandes empresas do regime), por outro é a sentença de uma comunicação social de narrativas ao poder económico e político vigente. É que estamos a assistir descaradamente, tal como o GR faz concursos para os mesmos.

Pode-se não falar ou reagir por medo, porque estamos num tempo onde se recebem chamadas telefónicas a recriminar por se ter reagido ou comentado assuntos no Facebook, assim estamos na realidade da Madeira. Com certeza muitos jornalistas não sabem nem querem saber. Muito menos das vigilâncias aos computadores dos funcionários públicos, por onde navegam, através das assistências remotas. Não deixem as suas passwords memorizadas. Se vigiam IPs também bloqueiam. Aliás, um diretor de jornal disse que naquela casa faziam o mesmo com os IPs, vigiam os leitores, armadilham a edição impressa para conciliar o assinante com o IP e, com um pouco as mesmas más interpretações como do "Caso Influencer", todas as conclusões podem não passar de desejos de ferir e calar. Na República caiu um governo, na Madeira cai a liberdade e a democracia, coisa pouca. Portanto, a vigilância é generalizada. Isto é uma nova vaga de assédio para que o medo traga a calmaria onde vegetam os "impolutos" do sistema. Também existem as ameaças com processos legais e há advogados para isso, os que ganham vida com o sistema, para intentarem formas "legais" de calarem, tal como já usaram a Justiça para fazer saldos nas dívidas dos portos e mesmo assim não pagam. Tudo legal, pena não haver destas legalidades para o povo!

Acabo de descrever parte do ambiente de chico-espertismo de alguns, ou seja, aderem às causas do poder (político e económico), são peões e executam, tornam-se vendidos na medida em que se entregam ao poder para poder fazer vida nesta terra. Uns apostam em "viver" e outros não compactuam (como tal não têm oportunidades, encerradas nos mesmos do sistema) e acabam por emigrar.

Julgo que neste momento, pela forma como alguns se exibem, que sentem as costas quentes e acham que podem manobrar tudo, mas na pratica o que se está a passar é perderem a credibilidade paulatinamente, tal como o PSD esbraceja para não se afogar na falta de votos, o que lhe dá a arrogância e sobranceria.

Os autores de Artigos de Opinião nos jornais estão cada vez mais conotados por interesses políticos ou de exibição para "lucro pessoal", a larga maioria não se importa com as pessoas, estão a tratar de convencer os outros para manter o ambiente político que lhes convém e onde fazem vida.

Reparo que também há gente da oposição sem credibilidade a escrever e a afrontar. Atrevidos de bola para a frente. Tal como se criou um monstro opressor de autoritarismo, ganância e silenciamento, criamos oligarcas que tudo querem controlar numa terra que se diz pela "Madeira e os madeirenses", no entanto, eles estão a empobrecer, a fugir pela emigração e a não nascer, para emergir uma nova sociedade com uma maioria de "corruptos" (cada um à sua medida mas imbuídos no espírito), os que farão a maioria e a classe dominante. Estamos, também, a massificar Artigos de Opinião de tantos sem vergonha que difundem uma narrativa que protege a proliferação de "sujos" e que diabolizam quem não compactua. Com imensa lata. Onde a comunicação social foi cair.

Atente-se que, pelo facto de haver silêncio, não é que estas estratégias estejam a correr bem, simplesmente não têm ponto de referência. Atente-se também que cada vez mais prolifera gente sem credibilidade a escrever porque são como as cunhas do emprego no Governo ou cargos de confiança política, são fáceis de cair. São usados até quando interessar para a dinâmica da narrativa ou para parecer que existe pluralismo. Quantos deles subsidiados...

No dia de hoje vejo um que deseja ser uma espécie de Escária regional, mas nem para Galamba tem unhas. Completamente descredibilizado, a imitar ódios comuns que lhes aliviam a azia de terem deixado o mundo dos credíveis.

Eles proliferam por todo lado no egoísmo e nós, enquanto sociedade, estamos a morrer. E os que morrem são culpados. Sem lucro e culpados. Fantástico, e dizem sigam o dinheiro para grandes descobertas ....

Se a Comunicação Social for livre de dependência financeira, oligarcas e poder, teremos certamente jornalismo, para então sim serem convidados comentadores independentes e que façam o seu papel de fazer pensar no contraditório. Não é natural que o Correio da Madeira tenha melhores artigos e cartas neste ambiente?

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 20 de Novembro de 2023
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