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Revista Sábado de 14/20-12-2023 |
Casos & casinhos com ratos, ratinhos e ratinhas também.
Tudo em prol das ratazanas.
Ola todos e BOAS FESTAS.
D esde há muito tempo, aqueles que de alguma maneira precisam da Justiça para se confrontar com o poder e todos os seus conexos, preferem os tribunais no continente ou se socorrer de instâncias internacionais. Nem todos podem, é preciso dinheiro, porque de facto a nossa Justiça é para ricos, quem tem dinheiro tem a sua Justiça, especialmente se o dinheiro acabar por sair do orçamento regional, por becos portas e travessas. 47 anos de governo produzem muitas brechas e é preciso colmatar e silenciar, é por isso que se no continente tivemos uns inocentes que produziram "casos e casinhos", na Madeira temos os ratos, ratinhos e ratinhas para salvar as ratazanas. Tudo é perfeito, legal e justificado, é por isso que se pode falar grosso, acolhidos por bons serviços de propagação da mensagem através dos meios de comunicação social do Mediaram.
O que me provocou a escrita foi o recorte que envio em anexo. Por alguma razão, percebemos que havia uma ação concertada de vários quadrantes da sociedade portuguesa que, "ofendidos" por uma maioria absoluta, conjugaram esforços na cena política, através das sociedades secretas e do mundo dos lóbis empresariais, visível na comunicação social que também colaborou, e muito, nalguns órgãos onde marcamos jornalistas "serventes" e até órgãos completos. Finalmente com a Investigação e a Justiça, a par da Presidência da República, surgiu o toque final. É legitimo pensar assim. Todos pareciam desejar a queda do Governo. E não foi mais percetível porque, antes da barraca da Investigação e da Justiça deitar abaixo um Governo com fraca argumentação, o próprio Governo da República colaborou, alimentando com os tais casos e casinhos, as incompetências e abusos, as teimosias, as situações sinistras que alegadamente configuram crimes. No entanto, ainda não se materializaram em acusação e condenação. Nada se definirá até março, votaremos às escuras. Convém que não acabe arquivado ou com fracas acusações que não justificam o derrube de um governo, caso contrário, depois do Golpe de Estado Judicial ainda teremos um Governo ilegítimo, sufragado pelo povo. Se a direita chega ao poder assim, a "geringonça" foi um menino de coro.
Com o exemplo da República é ainda mais enigmática a duração por 47 anos das maiorias absolutas diretas ou enxertadas na Região Autónoma da Madeira. Muita gente colabora, SEM DÚVIDA! A Madeira é muito mais profissional a urdir, pela "positiva", porque tem 47 anos de experiência, de acumulação de vendidos e rendidos, todos tão bem lubrificados quanto a máquina do poder e da esquematização do "defesa/ataque". Deve ser por isso o assalto político ao Marítimo.
Por estes tempos, não fossem as redes sociais e alguns blogues, a Madeira era a terra do sucesso e dos superlativos, para além do muito entretenimento que anestesia. Vamos recordar, sempre com este recorte em mente. Vamos perceber como funciona a Madeira com casos e casinhos. Desde logo devemos ler a comunicação oficial, o que debitam os assessores, agências e demais "pivots", ou seja, apreciar o profissionalismo das maiorias absolutas que o continente não tem.
É um tremendo erro não respeitar a democracia, a livre expressão, a liberdade de imprensa. Se forem tentados a silenciar uma vez mais, na atual conjuntura, será o erro mortal do poder e com ele cai tudo, porque consuma o silenciamento ditatorial usando meios, como sempre faz o poder, de parecer legal.
Durante algum tempo vimos a tentativa, por via da Justiça, em queimar pela "árvore" o atual Presidente da alternância maior (PC), em tempo tivemos a curiosidade de um idóneo do poder ser acusado (MAC), nem entre eles se jogam limpo. Percebemos o desconto das contas dos portos por decisão judicial, como que não pagando nada durante décadas ainda merecesse desconto, em vez de juros de mora. Entendemos a mensagem de afastamento de meios de transporte mais eficazes e baratos (ferry) e de cadeias logísticas com uma estrutura muito maior e melhores preços (cadeia de supermercados). Vemos a instrumentalização de jornais, organismos e instituições, que devem dar pareceres sérios, a serem obrigados a desvirtuar as decisões para viabilizar negócios (há um agora com um prédio secular). Vemos estudos de impacto financeiro que desprezam o ambiental. Vemos entidades de avaliação estatística e de promoção de estratégias socioeconómicas vergadas ao poder e a produzir a narrativa que o poder quer (dá umas "sedes" a alguns). Assistimos a empresa comum de promoção de eventos, sob influência dos matutinos, a produzir negócios com viagens do Governo, o que mereceu boas notícias e cobertura através do pacote que o governo compra, justamente para isso. Vemos fact-checks branqueadores e moderadores tal e qual aos processos de inquérito parlamentar que tanto dão para condenar doutores inconvenientes, obras sinistras e enriquecimentos. Naturalmente tudo legal porque a Madeira sabe fazer as coisas. Agora teremos uma audição parlamentar para branquear a gestão da cooperativa, de certeza que não é para pagar aos produtores. Somos uma República das Bananas na legalidade.
E prosseguimos. Percebemos que a nossa liberdade cinge-se e confina no facto de tanto particulares como empresas não poderem ser alguém, pelo seu valor, se não forem do poder. Há um pormenor, vai uma grande luta no poder por uma posição ao sol, tanto que toda a energia é consumida nisso e esquecem-se dos madeirenses. Os rendimentos, a saúde, a habitação e os supermercados, a par de outros custos fixos, estão a matar. Quando não se tem nada a perder surge a coragem, mas eles apostam que emigrem mesmo.
Falta um passo para o erro fatal, convencidos de que podem em soberba, por desconhecimento da realidade e da dimensão da catástrofe. Alguns acreditam na sua própria propaganda.
A Justiça, porque entretida em casos e casinhos dos ratos, ratinhos e ratinhas das ratazanas, está numa zona de conforto que não atua, porque os verdadeiros lesados não têm dinheiro para se meter com a Justiça, ninguém se queixa, o que já de si deixa de ser Justiça porque deveria procurar a única verdade e não aquela que o dinheiro pode comprar.
Quando a nível nacional sai um apontamento destes (recorte que envio), podem crer que na Madeira estamos muito piores. A culpa é da República e da Europa que alimentam o monstro e também não querem se chatear, depois dá-se as Eleições Europeias onde vão soar alarmes pela falta de atenção aos cidadãos, globalmente mais pobres. E o monstro vai sempre "saborear" a repetição do "quem paga o banquete?" ... "É você".
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 16 de Dezembro de 2023
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