Os “Doritos” de estimação da SRTC.


C aros leitores do Correio da Madeira, muitos de vocês ao lerem este título, até poderão achar que venho aqui falar-vos sobre os crocantes e saborosos Doritos que vemos regularmente em spots publicitários, mas infelizmente, estes “Doritos” só trazem eternos dissabores aos bolsos dos contribuintes.

Numa era permeada pela efervescência cultural, onde a diversidade de expressões artísticas deveria florescer em um jardim de reconhecimento meritocrático, assistimos, atónitos, ao paradoxo que é a predominância de um indivíduo, qualificado apenas pela sua astúcia em manipular as nuances de um jogo político de favores e lobbie gay, travestindo-se de um artista intelectual. Permitam-me externar a minha consternação e desencanto diante do cenário cultural que se delineia, permeado por uma preferência injustificável e desprovida de critérios sólidos, em detrimento de indivíduos genuinamente dedicados à arte, eclipsados por figuras que se autoproclamam intelectuais sem, contudo, demonstrar a merecida maestria.

É com um lamento profundo que testemunho a ascensão de um pseudoartista, qual embusteiro intelectual, que se escuda hábil e convenientemente debaixo das saias de algumas damas de cacete, e cujo único mérito reside na habilidade de manipular mascotes virtuosas para construir uma aura ilusória para tentar granjear reconhecimento e respeito musical. Este indivíduo, em seu amadorismo pesarosamente disfarçado, é habilidoso em explorar empatias fictícias para se beneficiar de subsídios, apoios e outros eventos governamentais enquanto simultaneamente critica, de forma paradoxal, com a língua afiada aqueles que lhe estendem a mão e inadvertidamente, lhe concedem tais banquetes. Por trás da fachada do artista, percebemos um maestro da fraude, cujo modus operandi inclui a externalização de suas dívidas fiscais e previdenciárias para colegas de ofício, impondo-lhes a responsabilidade de figurar como seus facilitadores financeiros, evitando, assim, o peso das obrigações legítimas.

É lamentável constatar que, ao invés de enfrentar suas dívidas fiscais e sociais de maneira ética, opta por transferir a responsabilidade para os seus colegas, submetendo-os à onerosa tarefa de passar recibos verdes. Tudo isto com o conhecimento, conivência e avalio da SRTC. Sr. Secretário Eduardo Jesus e Drª Dorita Mendonça, (sem querermos menosprezar ou denegrir qualquer outra profissão), gostaríamos de fazer a seguinte pergunta a Vossas Excelências. Então andamos nós, músicos e artistas a descontar balúrdios mensais para as Finanças e Segurança Social e de repente, aparece um “catavento” oportunista, que nem tem a actividade profissional exercida como artista, nas Finanças, e nem faz os devidos descontos para a Segurança Social, e coloca o seu amigo entregador de pizzas da Glovo a passar os recibos? Essa conduta, além de revelar a precariedade ética do indivíduo, juntamente com a cumplicidade e conluio da SRTC, lança um olhar desolador sobre a integridade do setor cultural. Dirijo-me, portanto, ao ilustre Secretário Eduardo Jesus e à eminente Dr.ª Dorita Mendonça com outro questionamento direto: qual é o critério e as normas pautadas por esta Secretaria para a contratação de artistas? Músicos e artistas de renome, verdadeiros profissionais, dedicam-se arduamente ao ofício, descontando regularmente suas contribuições fiscais, apenas para testemunharem um neófito, desprovido de expertise e vínculo profissional com a área, ocupar lugares de destaque em eventos relevantes, como a abertura das festas natalinas.

As interrogações direcionadas ao Sr. Secretário Eduardo Jesus e à Dr.ª Dorita Mendonça refletem a perplexidade de um setor cultural esquecido, onde a contratação de artistas parece ser guiada por critérios obscuros e onde a meritocracia é eclipsada pelo jogo de influências. É peculiarmente irônico observar como este artista, carente de autenticidade e qualificações, se refugia nas sombras do lobby gay, valendo-se de conexões questionáveis para perpetuar uma carreira duvidosa. Onde reside a justiça, questionamos, quando músicos e artistas de verdadeiro calibre, dedicados a sua arte há décadas, veem-se relegados a segundo plano, vítimas de uma seleção opaca e arbitrária? Ainda mais chocante é a complacência com os cachês exorbitantes exigidos pelo pseudoartista, sem que a direção desta Secretaria demonstre o mínimo questionamento. Será que nos corredores desta instituição há um fundo obscuro, um saco azul que justifique tamanha desproporção? Ou será que o suposto artista manipula informações pessoais comprometedoras, coagindo assim a alta cúpula, e mantendo uma influência perniciosa?

Como participante ativo do cenário cultural, com décadas de dedicação e provas de valor no mercado regional, é impossível não se estar estupefato diante da exploração a que são submetidos músicos e artistas de renome, e testemunhar a desvalorização de renomados quartetos, quintetos e sextetos, com cachets regateados a preços miseráveis por parte desta Secretaria. Aos quais os músicos profissionais submetem-se por necessidade de sobrevivência. É inconcebível que esta Secretaria, em um lapso de discernimento duvidoso, remunerasse generosamente um duo montado á pressa, para o evento das Festas de Natal de 2022, com a módica quantia de 1.500 euros, perpetuando um repertório estagnado que evidencia a nulidade do suposto talento. Quando esse mesmo duo atuava em bares junto á promenade do Lido, por meia dúzia de tostões. Tal prática, revela a ausência de discernimento e visão crítica por parte da Secretaria.

Concordo obviamente, que os artistas devem ser bem remunerados quando os mesmos são agraciados, pelo talento e dedicação, mas por amor de Deus Sr. Secretário Eduardo Jesus, e Drª Dorita, este individuo recebeu, um salário mínimo em uma hora de actuação, para participar num evento onde ele nem é profissional do sector. Falta saber se dividiu a “merenda” de forma justa e equivalente com o seu colega. Em última análise, questiono a integridade e os critérios desta Secretaria, instando o Secretário Eduardo Jesus e a Dr.ª Dorita Mendonça a esclarecerem o método de seleção que, até então, parece favorecer mais a semblantes ilusórios do que a verdadeiras expressões de excelência artística. É imperativo destacar a urgência de reformas, transparência e justiça neste universo cultural, onde a verdadeira arte e talento não podem mais ser eclipsados pela sombra de um oportunista hábil em artimanhas e deslealdades.

Além do mais, já foi denunciado em 2021 nas redes sociais de um conhecido e aludido maestro da região, as falcatruas feitas por este individuo neste mesmo evento, onde por sua vez o impostor atuou com o maestro, e nunca lhe pagou os devidos honorários. Dinheiros públicos no bolso de um foragido, desordeiro e mau caracter. Mais uma vez este ano repete-se o regabofe com o “catavento” a dar um ar da sua (des)graça!

Assim, conclamo a uma reflexão profunda sobre os critérios de seleção e a garantia de justiça e equidade neste cenário cultural. É imperativo que as bases do reconhecimento e patrocínio estejam lastreadas na autenticidade e competência artística, preservando a integridade do setor e fomentando um ambiente propício à verdadeira expressão cultural. Sr. Secretário e Drª Dorita Mendonça, desejo-vos hipocritamente um Feliz Natal!


Nota do CM: o texto chegou com cópias de recibos verdes que optamos por não publicar.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 1 de Dezembro de 2023
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