Diz a voz popular “não é só ladrão aquele que rouba, mas também aquele que fica de vigia!”
A o longo de quase cinco décadas aquela que é a casa da democracia madeirense foi a “caixa de ressonância” das vontades dos sucessivos governos regionais. E os atropelos à democracia e transparência da ação governativa foram sucessivamente caucionados por maiorias parlamentares e nos últimos tempos pela “geringonça regional” primeiro com o CDS e agora também com o PAN. O governo regional teve sempre carta branca para fazer o que bem entendia com a Autonomia.
Todos se recordam da Comissão Parlamentar de Inquérito à Marina do Lugar de Baixo e aos 100 milhões ali desterrados que concluiu que todo aquele desperdício de dinheiro foi culpa da boia ondógrafo do Funchal.
A comissão de Inquérito às obras inventadas de Sérgio Marques e à conclusão que as acusações sobre conluios entre o Governo e o Poder económico eram apenas opiniões do ex-governante, incensando Luís Miguel de Sousa e Avelino Farinha Agrela, este último detido no âmbito desta megaoperação da PJ e ministério Público. Hora de burro…
Os deputados da maioria são tão pecadores como os arguidos deste processo, porque tudo permitiram, tudo ocultaram, tudo obstaculizaram para que nada que destoasse da narrativa do Governo saísse à luz do dia. Se tivessem vergonha andavam com os olhos no chão. E ainda falam da Camorra de Gaula e outras inenarráveis aleivosias ameaçadoras. Estavam de “vigia”.
No que respeita ao Teleférico do Curral das Freiras, os verdinhos pediram recentemente a audição parlamentar da Secretária Regional da Agricultura e Ambiente, do Presidente do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza do Responsável da empresa Opção Divina, LTD e do Responsável da empresa Inspire Capital Atlantic, a empresa que pretende realizar este polémico investimento. Fazendo uso do arbítrio do poder esta maioria que mais parece um andarilho, lá cumpriu o dever de ocultar com o chumbo esta proposta do JPP que queria esclarecimentos legítimos num negócio que ao que tudo indica é uma vez mais lesivo para o interesse público.
É esta a verdadeira natureza do poder parlamentar regional. Dar carta branca ao Governo Regional para que este possa cometer todos os atropelos que lhes apeteçam. Os Diários da Assembleia deixarão registo documental para as gerações vindouras desta menorização da Assembleia Legislativa da Madeira, e de quem foram os algozes da democracia, precisamente por aqueles que deviam ser os primeiros defensores da dignidade deste local primeiro da democracia. Foi para isso que foram eleitos.
Por último, ver diretores de Jornais em alegre convívio com os “Donos disto Tudo” deixa-nos com a convicção de que as notícias plantadas para ungir os amigos e assassinar mediaticamente quem ousa agitar as águas deste pântano, nada têm de inocente.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
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