Miguel Castro, viaje e aprenda, para não asneirar.


O deputado do Chega, Miguel Castro, fez hoje, na Assembleia Legislativa da Madeira, uma intervenção digna de ser emoldurada, com letras de chumbo, nos Anais da Ignorância e da Estupidez.

Aquele deputado defendeu a demolição do edifício da rua 31 de Janeiro, onde funcionou a FAOJ, porque, segundo diz, “não sabe para que serve” aquele imóvel do património arquitetónico da cidade do Funchal. Afirmou mesmo que “não serve para nada”, e se houvesse a ideia de criar ali um núcleo museológico, aí sim, valia a pena não demolir.  Tudo isto em nome daquilo que ele diz ser o progresso e a satisfação das necessidades habitacionais.

O Senhor deputado é alto, mas não sabia que também era bruto. Bruto, no sentido de que não tem sensibilidade para o património, educação visual, formação estética, nem tão-pouco inteligência para perceber o percurso evolutivo de uma cidade com mais de quinhentos anos. Bruto, no sentido de menosprezar, com orgulho boçal, outras cidades onde o património é preservado, como quando se referiu, com desdém, a Cuba. Bruto por não distinguir a importância dos núcleos arquitetónicos antigos de uma cidade e o seu valor em termos paisagísticos, históricos e turísticos. E as mais-valias que daí decorrem.

Esta demagogia só tem uma solução. O seu partido, financiado clandestinamente por ricos empresários, deve proporcionar-lhe uma viagem por diversas capitais europeias para ver se aprende alguma coisa. Mas fica obrigado a levar ao seu lado, permanentemente, um guia, para que veja para além dos limites da sua tacanhez e aprenda alguma coisa, nem que seja à força. Terá a condição explícita de não entrar nos centros comerciais nem noutros covis perversos, mas obrigatoriamente percorrer a pé as ruas históricas, cear ou almoçar, sobriamente, em restaurante das zonas antigas, levantar sempre a cabeça e olhar, com olhos de ver, aprendendo assim os elementos civilizacionais que mostrou desconhecer na Assembleia Legislativa da Madeira. Só assim deixará de envergonhar o povo madeirense com intervenções boçais sobre um assunto que desconhece e sobre o qual fala demagogicamente. 

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
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