D esde a tomada de posse da nova estrutura dirigente do Marítimo que a imprensa regional se esqueceu do clube do Almirante. Quem os leu e quem os lê acha que se calhar estão em greve ou a passar por uma grave crise informativa.
É por isso que existe a redação de imprensa e a equipa de investigadores do Correio da Madeira, para que ao público nunca lhes falte noticias e daquelas que interessam.
Por falar em investigadores em novembro do ano passado o Marítimo passou a ter como presidente um investigador que completou os restantes cargos com um leque variadíssimo de “artes e ofícios” entre engenheiros, economistas, juristas, uns para os retirar das cadeiras da contestação e mudar as lâmpadas do estádio.
Todos deram um grande contributo para o programa da campanha eleitoral, um documento que foi apresentado aos sócios e trazia a solução para todos os problemas e o Danny em anexo, tudo pelo pequeno preço de 3 dos dirigentes serem remunerados e exercer as suas funções a tempo inteiro, uma condição que impuseram como sendo fulcral para remodelar o clube e subir de divisão.
Não se iluda o caro leitor, isto dito assim parece uma coisa banal mas olhe que não, isto teve tanta adesão, tanta credibilidade que até o Dr. Alberto João Jardim apoiou e votou neste projeto mesmo estando na lista um dos maiores e mais ilustres socialistas da nação, dizem as más línguas que ele acabou por não votar porque não tinha quotas em dia, mas as pessoas também dizem tanta coisa que nunca se sabe o que é verdade.
O que é certo é que ele apoiou aquele projeto publicamente e quase que o víamos abraçado ao famoso socialista a gritar “minhas senhoras e meus senhores” a fazer relembrar os velhos tempos, mas não aconteceu, foi por pouco mas ficou por ali. No entanto, deixou lá o seu maior adepto, o BUBU, diz quem requenta o camarote que ainda tem dificuldade em acertar no nome dos jogadores, quando alguém diz que tem saudades dos tempos do Autuori ele responde “esse sim marcava golos, agora estes…” e que chama os Fanatics de Fantastics, pode ser dislexia.
Na tomada de posse foi anunciado publicamente que o imbróglio dos terrenos de Santo António e afins seria resolvido em 24h, houve brindes fotos e palmas e lágrimas de emoção, já passaram quase dois meses e as 24h devem ser referentes a um outro planeta do sistema solar porque para já mantem-se tudo igual e não há soluções à vista, ou seja o CSM continua defraudado do seu património que se mantem na posse de terceiros.
Numa das linhas do programa eleitoral podia ler-se que o clube iria promover várias reuniões e assembleia gerais para auscultar os sócios sobre soluções para obstáculos e adversidades do clube, entre elas estava por exemplo sugestões para escolher treinadores e jogadores.
Dá-me ideia que se isso aconteceu para a escolha deste novo treinador foi feito com um grupo muito restrito de sócios porque não vi a ata da reunião ou da Assembleia Geral e também ainda não vi a convocatória para a reunião ou Assembleia para opinar sobre as novas contratações de janeiro e nisto já só faltam 19 dias para encerrar o mercado e as únicas aquisições que tivemos conhecimento foi de roupa para os dirigentes, nisto nós mulheres temos olho clinico e aquela conjuntinho final dos anos 90 fica a matar.
Outra noticia que ainda não lemos na imprensa regional é sobre o facto dos dirigentes profissionalizados já estarem a ser remunerados sem terem sido contratados, para o leitor menos habituado a estas coisas mais politizadas do futebol, os novos encarregados de obra ainda não assinaram o contrato, ainda estão a trabalhar noutra obra mas já estão a receber vencimento nesta que é como quem diz estão a receber em duas obras mas só têm contrato numa mas vão às duas obras ver se está tudo bem.
Outra coisa que não se tem lido muito é sobre o facto do Diretor Desportivo do Marítimo não se pronunciar sobre quais os sectores que devem ser reforçados, quais as necessidades do plantel e quais os objetivos para esta segunda volta.
Já se percebeu que o Egas e Becas foram as duas primeiras contratações e que vão ser sempre convocados, isso está claro, agora gostaríamos de saber mais sobre esta reestruturação que o Danny traz no bolso e que foi a cartada que deu grande parte da vitória a estes novos corpos dirigentes.
A imprensa regional gostava tanto de números e estatísticas, entretanto devem ter despedido o matemático lá da redação mas é importante destacar que este plantel do Marítimo passou para as mãos da nova direção em 4º lugar a 3 pontos de distância do primeiro lugar, então ocupado pelo AVS, e entre várias coisas somou uma vitória contra o CDN e estava a competir na taça de Portugal.
Ontem, o coletivo tem um treinador novo, do então 11 jogam 5 jogadores a titular, são convocados 10 dos anteriores, o CSM está fora da taça de Portugal após um jogo humilhante em casa com o Leiria, ocupa a 4º posição, está a 7 pontos do primeiro lugar, a 10 de um lugar de despromoção, perdeu pontos com a Oliveirense e com o Penafiel dois coletivos factualmente e estatisticamente inferiores contra os quais todos os adversários diretos ganharam pontos e inclusive golearam.
Outro assunto que era noticia diária e que deixou de o ser são os reforços e as novas contratações, falta de dinheiro não é um problema para o CSM, além de ser uma frase dita em várias assembleias gerais por pessoas com saber financeiro, isso fica bem patente nos 500.000€ anuais para salários dos dirigentes e afins, além disso os estacionamentos do estádio estão ao preço dos bilhetes mais baratos e no jogo da taça, a direção abdicou da receita de bilheteira, o que até acabou por ser positivo porque não há dinheiro que pague aquela tortura.
Falta de capacidade também não é porque temos lá o Danny e se há pessoas que dominam essa área é ele.
Era bom a imprensa explorar essa questão porque faltam 19 dias para fechar o mercado, os sócios estão impacientes.
Em campo andamos a jogar com o Egas, o Becas e o Monstro das bolachas e daqui a uns dias as claques vão cantar a música da rua Sésamo em vez dos tradicionais cânticos de apoio ao futebol.
Outras figuras importantes do CSM que eram habituais em opiniões deixaram de ter destaque, falo por exemplo do Miguel Caires e do Duarte Pontes, pessoas com opiniões válidas e de dentes cerrados parece que entretanto se desinteressaram pela vida maritimista, fazem eles muito bem porque para ter chatices já basta a rotina do dia a dia e isto no Marítimo já se percebeu que é uma perda de tempo.
Por fim, a imprensa nem uma linha dedicou aos investidores e investimentos na SAD, era importante virem esclarecer quem são os micro investidores regionais que irão investir na SAD com que valores e acima de tudo qual a avaliação financeira de toda a estrutura do CSM.
Está claro que esta nova direção está em processos de investigação, que não irá usar o mercado de inverno porque confia no que tem e faz muito bem, mais vale dois pássaros na mão que um a voar mas tem de encarar os próximos 9 pontos como a salvação, menos de 9 pontos nas próximas jornadas o Marítimo pode hipotecar a subida de divisão e com isso deixar cair a promessa da subida de divisão isso seria um catastrófico porque de um presidente podemos esperar a execução de objetivos mas de um Diretor Executivo (que é o que temos agora) a execução de objetivos é obrigatória porque, alem de justificar a remuneração, é o que nos torna competitivos e em caso contrário estivemos a perder tempo, dinheiro e colocação no “mercado”.
Com a mudança para uma direção remunerada o Marítimo deixou de ser um leão e passou, obrigatoriamente, a ser um touro porque tem de atacar os objetivos de baixo para cima como um touro a atacar com os chifres de baixo para cima o topo da tabela. Caso contrário vai haver uma pega de caras.
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
Todos os elementos enviados pelo autor.
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
.jpg)
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.