Congresso da Hotelaria


D ecorre o Congresso da Hotelaria e Turismo, recebido pela Madeira de braços abertos, vá lá saber-se se patrocinados, mas isso veremos nos elogios. Fala-se dos desafios e pelo que vejo são a falta de mão de obra e importação de imigrantes (até parece mercadoria, alguns são alojados assim e mal pagos), a taxa turística, os constrangimentos no aeroporto, a inovação na hotelaria.

Nas intervenções dos políticos regionais, nomeadamente Miguel Albuquerque, foi falar da obra do Governo como sendo um exemplo ambiental. Nem uma palavra para o problema sob a perspectiva certa, temos falta de mão de obra porque pagamos mal e provocamos o subdimensionamento do quadro de pessoal para assegurar turnos. O problema piorou na oportunidade, no pós Covid, de fugir para melhores condições no estrangeiro. Seguiu-se a massificação. Grande planeamento e visão, precisam mesmo de congresso e percebemos de novo que o foco é só facturar, mas nunca ser sustentável.

Eu não concordo com a massificação do turismo, é insustentável para os recursos da Madeira, ninguém falou, mas isso até me ajuda a argumentar. Se não podem dar melhores condições aos trabalhadores em condições excecionais de rentabilidade, nunca o vão fazer. Querem mesmo pagar mal.

Os madeirenses trabalhadores na Indústria do Turismo já perceberam tudo com este congresso. Algum dia vão se arrepender, talvez o primeiro seja já o Governo Regional. Não me batam à porta para campanha eleitoral, façam campanha eleitoral com as elites, vamos ver se ganham.

Só os trabalhadores não são recebidos de braços abertos.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
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