De malas aviadas.
O jornalista do PSD tem hoje um artigo no DN-M onde procura justificar a abstenção na Madeira porque, sem dúvida, que se a abstenção é grande é sinal de desinteresse por comodismo do eleitorado, por não se reverem ou por estarem ausentes. Estar ausente é a saída mais airosa para a credibilidade dos políticos. Será?
Extrapola-se dos dados que 35.527 madeirenses, em idade activa porque são votantes, são emigrantes que não perderam o vínculo de residente. É um forte sinal de que saíram há pouco e não se desligaram da Madeira, porque há muita gente que já não é como os antigos que desejavam o regresso.
Pessoalmente, acho que esta análise serve para justificar a abstenção alta da Região, que naturalmente faz com que uma vitória do PSD tenha uma baixa percentagem em todos os madeirenses e não só os votantes. Pouca representatividade. Esta análise serve para maquilhar, o problema é que mostra quantos emigraram porque o PSD não deu oportunidades nesta terra quando importa gente para tanta coisa. O modelo económico está atrasado para o nível de estudos dos madeirenses, a Madeira está amarrada aos ditames dos negócios dos Donos Disto Tudo, que não são especializados, carga, construção, hotelaria, por muito que vendam vanguarda.
O número de madeirenses a sair da Madeira, especialmente jovens é tremendo, deverá ser compensado com estrangeiros e os números assim não envergonham, mas é verdade que este Governo Regional não governa para Madeirenses em nada, nas oportunidades, no tipo de emprego, na valorização pelo vencimento do seu trabalho, não é possível arranjar casa, a saúde está um desastre, o custo de vida exorbitante.
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 25 de fevereiro de 2024
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