28 plenários = 28 manhãs de “trabalho”

Esboço do que será o novo hemiciclo de banhos e massagens
manicure e pedicure, cabeleireiro e caracterização.

N ão sei se o JM-Madeira é um leitor regular desta plataforma, mas parece que andou a ler umas coisinhas e decidiu falar sobre o estado de situação da Assembleia Legislativa Regional da Madeira. O que não deixa de ser chocante, sinceramente, em particular quando tudo passa pelos pingos da chuva de uma comunicação social regional adormecida.

Dito isto, vamos à notícia que interessa! 

O JM de hoje, noticia que houveram 28 plenários em 8 meses. No artigo, traça uma cronologia do que se passou em cada sessão, quantas propostas foram feitas, o que foi discutido, o que foi aprovado. Mas o que significa em concreto esses 28 plenários? 

Significa que em 8 meses, os 47 deputados que compõem a Assembleia Regional da Madeira, trabalharam em plenário, nada mais, nada menos do que 28 manhãs. Sim, leu bem, 28 manhãs em 8 meses. Por todo o esforço e dedicação, cada deputado recebeu a módica quantia de quase 4mil euros mensais, o que perfaz a “humilde quantia” de quase 36 mil euros em 8 meses. 

Como nem todos os deputados intervêm em todas as sessões, a situação chega a ser ainda mais peculiar. E se isto não é gozar com a cara de quem trabalha….

Curiosamente, não vimos nenhum deputado a se manifestar contra esta inércia de trabalho, mas vimos alguns, nas 28 manhãs de “trabalho”,  a cobrar ao Governo Regional da Madeira pela inércia em resolver certas matérias. É caso para se dizer que quem não tem espelhos em casa não se enxerga.

O que se passa na Assembleia Regional da Madeira é reflexo do jogo de interesses existente quando cada partido faz as suas listas. É sintoma de um sistema podre e viciado, que nem sempre coloca as pessoas mais competentes e capazes. Um sistema que premeia a mediocridade e os favores de quem lambeu muitas botas ou pagou a sua entrada no partido e nas listas. 

Enquanto assim for, estes deputados não servem para a região, não servem nem cumprem com a causa pública e com todos os madeirenses.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 4 de março de 2024
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