O "Secretário-geral" do PSD Miguel Silva tem se desdobrado em chamadas nos últimos dias. Desde o topo da pirâmide ao militante base. Os mesmos números de telefone que Miguel Silva perdeu nos últimos anos parece que os encontrou numa gaveta esta semana. Ou num daqueles famosos livros onde se guarda muita coisa importante. Deve ter caído da estante com o peso da entrega da candidatura de Manuel António na Rua dos Netos. Dizem que o abalo foi tão grande que chegou à residência oficial do Governo Regional da Madeira. Que terramoto!
Sim, o Secretário-Geral do PSD Madeira atua na Sede Oficial do Governo Regional. Afinal, PSD e Governo não são a mesma coisa, pergunta Miguel Albuquerque? Nada que pareça lembrar a União Soviética ou China. Onde Partido e Estado confundem-se. Nadinha, nadinha.
E, sim, o Secretário-Geral de facto é Miguel Silva. Sabemos que está nomeado para o gabinete da Presidência mas os seus contactos e trabalhos são essencialmente de cariz partidário. Outro boa moda soviética. Parece que Miguel Albuquerque quer sair com uma democracia mais musculada do que aquela que toda a vida criticou.
Mas voltemos ao início do parágrafo anterior: Migue Silva é o Secretário-geral de facto. O nosso companheiro Zé, já se sabe, prefere vestir o seu fatinho, ir ao parlamento, trocar umas mensagens daquelas que o fazem sorrir, ir a casa, trocar de roupa e descomprimir no ginásio. No meio de tanto trabalho árduo é normal que não tenha tempo para ser Secretário-Geral. Nem tempo encontra para escrever uns papéis para ser capaz de ler no Parlamento. Mas também sejamos justos! Encontra tempo para pedir ao Zezinho Júnior para gerir as redes sociais do partido, nomeadamente o Instagram. Daí a dualidade de critérios que existe no que é dedicado às duas candidaturas. É o velho PPD a ser o velho PPD, com os velhos vícios do compadrio, autoritarismo e heranças. São os filhos do pai e os sobrinhos do tio. Tudo se decide em família.
Só para recordar que quem se esqueceu das Comissões Políticas de Freguesia, das Concelhias e da JSD, quem descartou pessoas leais e apoios de primeira hora, não vai acreditar que caiu um livro da estante com os números todos. Por muito que acreditem num terramoto que vai mudar o PSD chamado Manuel António Correia.
Miguel Albuquerque matou a renovação. Matou tudo aquilo pelo que lutou. Deixou cair as suas bandeiras. E sai pior do que aquilo que combateu para lá chegar. Pela porta pequena. É triste. E o pior é que sai só e sem amigos. Na política não pode valer tudo. E "vender a mãe" é ultrapassar os limites dos limites.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 2 de março de 2024
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