Folclore Político


O lá Miguel Albuquerque, vamos imaginar que estamos no recreio da escola. Sabes aquele momento no recreio em que o professor diz "Ainda não é hora de brincar no escorrega"? Pois é… tu não podes correr e gritar "É agoraaaa!" antes de ele dizer. Porque isso chama-se batota.

Na escola, há regras: não se pode começar a cantar os parabéns antes do bolo chegar, nem usar a festa de anos do Joãozinho para fazer propaganda da nossa barraquinha de limonada. Sabes porquê? Porque é injusto e estraga a festa de toda a gente.

Agora, traz isto para o mundo dos crescidos: a lei (aquele livrinho que todos têm de seguir, mesmo os que mandam) diz que não podes fazer comícios políticos antes da data que está lá escrita. É como um calendário da escola, só se pode começar a corrida quando o apito tocar. Se alguém corre antes, é batota.

Também diz que não podes aproveitar festas populares — aquelas em que as pessoas vão para comer, dançar e conviver — para transformar tudo num comício político. É como se na festa do bolo tu subisses à mesa para dizer: "Comam o meu bolo, mas votem também na minha turma!" Não, Miguel. Festa é festa, comício é comício.

E como tu és o "chefe da turma" (ou melhor, presidente), tens um dever especial, ensinar e corrigir os teus amigos — por exemplo o Tiago Freitas (link) — quando eles esquecem as regras. É como dizer: "Tiago, não podes comer o lanche dos outros antes da hora." Isso chama-se dar o exemplo.

Portanto, Miguel, não é difícil:

  1. Espera pelo período certo para fazer comícios.
  2. Não mistures festas populares com propaganda política.
  3. Lembra os teus colegas que regras são para todos.

Se até as crianças de 5 anos conseguem perceber, tenho a certeza de que tu também vais conseguir.

Na vida dos crescidos, a lei é o professor. E a lei diz:

  1. Não se fazem comícios políticos antes do tempo. É como abrir os presentes de Natal em outubro, fica feio e estraga a surpresa.
  2. Não se aproveitam festas populares para fazer comícios. As pessoas vão lá para comer bifanas, beber poncha e dançar, não para ouvir discursos sobre como tu és muito bom e os outros são maus.

E Miguelinho, como tu és o "menino responsável" da turma, tens de chamar à atenção dos teus amigos quando eles fazem asneiras. Isso inclui o Tiaguinho Freitas, que às vezes parece esquecer que não é porque está contigo que pode partir as regras também.

Líderes de verdade não fingem que não viram. Eles dizem:

- "Tiago, isso não se faz. Deixa o chouriço e a propaganda para dias diferentes."

Agora, repete comigo devagarinho:

  • Festa é festa.
  • Comício é comício.
  • Lei é lei.

Muito bem, Miguelinho! Se te portares bem, para a próxima até podes ser o porta-bandeiras no desfile — mas só quando o professor disser que é hora.

Com um beijinho cívico

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