O enterro dominical


P ublicamos com todo o gosto o enterro dominical. A urticária, a impotência e o servicinho político. Por mais que martele, não somos verdinhos, somos da população e de todas as cores que queiram participar. Se acham que assim vão enterrar a Opinião Pública, é de espreitar a cotação do DN na praça.

O DN só vai melhorar quando deixar de ser um brinquedo de políticos, de empresários e do regime, um expositor de estrelas forçadas, acabar com as conotações, com os jornalistas do poder e aqueles que recebem benefícios. Ninguém os julga isentos e isso afeta o DN. Os jornalistas ainda não perceberam, porque têm o cunho político, já quase fanáticos e militantes. Ainda não perceberam de que a Opinião Pública não é sua inimiga, mas pode ser solução para o seu colete de forças, colocando a notícia inconveniente a rodar para ganhar oportunidade. Acontece porque tomam a mesma atitude do partido.

Quantas peças de jornalismo de investigação existem nesta mina chamada Madeira? Aqui o jornalismo poderia reluzir.

Quando os partidos querem ganhar eleições vão buscar candidatos credíveis, muitas vezes independentes, há quem possa, há quem não alcance. Quando a informação/ jornalismo chega a este nível, ele não será o veículo para passar a mensagem. As pessoas não dão credibilidade. Quando alguém precisar de ganhar vai olhar para outro lado. Mesmo financiados pelo GR, zelem pela deontologia, clarividência, independência, pluralidade, etc, estes shows de facto caem em graça aos políticos, gostam de bajulação, mas de repente, quando precisarem de ganhar eleições vão ver a cotação no mercado e farão as suas apostas.

É claro que a Opinião Pública é livre, caso contrário não seria tão visada. Mas por outro lado, projectos clandestinos de informação, ninguém lhes toca, por saberem que é o Partido a substituí-los para ter armas para uma mensagem credível. Isto não é o foguetório dominical, é a realidade, tanto como se atira "verdinhos" quando se é laranja "de rabo".

O que o DN demonstra com o influencer é que temem a perda de influência, o que faz "facturar". Aí si há concorrência, mas a publicidade pode ficar toda para a Informação.

Mais do que os escritos, tenham receio dos silêncios, nunca se sabe onde andam os anónimos.

Nem tudo é mau, aconselhamos a leitura do texto do Diretor do DN, neste pano, no melhor pano, cai a nódoa. Texto para assinantes:

Madeira Opina

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