D epois da aparição pública de Passos Coelho a dar a mão ao CHEGA, que o povo não se iluda - o PSD vai para a cama com Ventura só para chegar ao poder a qualquer custo. Sim como RAP disse, Passos é o careca da área política da direita que mais assusta os velhinhos depois de, claro está, Duarte Lima. Mas Montenegro é nesta altura uma raposa com pelo de cordeiro. A política é suja, corrupta e enganadora para aqueles mais incautos.
E Ventura que se apresenta contra o sistema é um belo FDP (espero não ser censurado pelo CM) que se aproveita do próprio sistema para enganar o eleitorado e contribuir, também ele para a corrupção.
Uma investigação jornalística de Miguel Carvalho e João Maio Pinto para o jornal Público com o título “a grande família do Chega” revela como a sociedade perdeu os valores, ou então nunca os teve.
Não se pode combater aquilo que se desconhece. Este trabalho, diz-nos muito sobre o fenómeno CHEGA. Há por lá grandes interesses económicos, aristocratas, saudosistas do antigamente, perigosos aficionados do fascismo e da xenofobia, mas também muita gente trabalhadora descontente, enganada pelas promessas “bem-aventuradas” do Ventura.
Neste artigo, vê-se que os financiadores do CHEGA são as elites empresariais e financeiras, na área do imobiliário, indústria farmacêutica, seguros, cônsul honorário da Roménia. Donativos oficiais de membros dos clãs Mello e Champalimaud, de João Bravo (líder na venda de armas e equipamento militar ao Estado), de Miguel Costa Félix (imobiliário e turismo), Jorge Ortigão Costa (grupo Sogepoc), Salvador Posser de Andrede (Coporgest), a família Pedrosa (grupo Barraqueiro). O Advogado Miguel Sequeira Campos, ex-CDS (negócios imobiliários), os irmãos Pacheco de Amorim (Pares By Construmed) que gere mais de 100 milhões de euros em património imobiliário e é líder no mercado de arrendamento.
Às receitas do CHEGA não falta pedigree contra-revolucionário.
E nem sequer é necessário atender ao breve currículo de Diogo Pacheco de Amorim na ala política do MDLP (movimento da chamada rede bombista de extrema-direita no pós-revolução; o tribunal condenou alguns dos operacionais responsáveis pelo extenso rol de crimes e mortes, mas os alegados mandantes ou financiadores nunca foram julgados), chefiada, entre outros, pelo tio Fernando Pacheco de Amorim.
O empresário e gestor Miguel Sommer Champalimaud (10 mil euros) esteve implicado na tentativa de golpe spinolista da “maioria silenciosa”, a 28 de setembro de 1974. Francisco Van Uden (100 euros), monárquico na linha de sucessão ao trono e ex-comando com carreira na área imobiliária, foi chefe operacional do ELP (Exército de Libertação de Portugal), braço da rede terrorista citada. “Luta contra o comunismo” na versão dele. “Ajudámos o chamado levantamento popular do ‘Verão Quente’ de 75, em que houve assaltos às sedes dos partidos comunistas e de extrema-esquerda”, concretizou, ao semanário Sol.
A aristocracia também quis participar com banquete do CHEGA, vai daí juntaram-se esforços em certas famílias.
Eduardo de Melo Mendia, quinto conde de Mendia (imobiliário, turismo e restauração, citado no escândalo Paradise Papers), Luís Mendia de Castro, quarto conde de Nova Goa (instituições financeiras e empresariais), e Eduardo Guedes Mendia, quarto conde e terceiro marquês de Mendia (ex-Portucale, ex-Grupo Espírito Santo, gestor e administrador), sinalizaram a sua simpatia pelo CHEGA, com contribuições oficiais de pouco mais de 1000 euros no total.
José Cunha Coutinho, barão de Nossa Senhora da Oliveira, foi outro. Médico, membro da Sociedade de Geografia de Lisboa, o antigo candidato do PPV (Portugal Pró Vida), partido que se fundiu com o Chega, foi investido Cavaleiro da Ordem de São Silvestre pelo Vaticano, graças às “contribuições notáveis à sociedade” e “serviços relevantes” prestados à Igreja. Nas redes sociais, partilhou, entre outras, a fotografia de André Ventura tirada na catedral de Almudena. Junto à estátua de Josemaria Escrivá, o líder do CHEGA rezou pelo fundador do Opus Deis e “agradeceu” os 12 deputados eleitos de 2022.
Em resumo, isto está tudo ligado. No fundo a política é um cabaré onde cabem todas as prostitutas.
Resta ao eleitor abrir os olhos, ou então entrar no respetivo clube, swing certamente não irá faltar.
Nota do CM: autor, itálicos ...
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 1 de março de 2024
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