D esde ontem à tarde, quando alguém liga para a sede do PSD na Rua dos Netos, mais parece que está a fazer parte de uma missão impossível. O telefone toca do lado de quem liga, mas não do lado de quem devia atender. É como se fosse um toque fantasma, só para pregar uma partida.
Quando finalmente alguém desatento atende, bem, é melhor que esteja preparado. É um autêntico interrogatório! Primeiro pedem para confirmar o nome completo, em que universidade tirou o curso e até que cor de roupa costuma vestir aos domingos. Parece que querem garantir que não são um novo James Bond a tentar infiltrar-se na sede.
Depois, vem a parte em que parecem sacar uma lista telefónica mental e começam a fazer perguntas sobre os familiares, colegas e até vizinhos da pessoa que ligou. Se não bastasse, ainda perguntam se a pessoa que ligou tem alguma tia-avó que era amiga de um colega do cunhado do irmão do pai do tio do atual presidente do PSD! Será que a antiga família real não era tão dispersa como estes dados?
Finalmente, após mais alguns minutos de interrogatório, e só se tiver a sorte de responder corretamente, então pode ser-lhe enviado o Santo Graal - os dados necessários para pagar as cotas. É como se fosse uma verdadeira jornada épica, onde a recompensa é ter o privilégio de pagar as cotas do partido.
Mas afinal, onde está o problema de atenderem o telefone na sede do PSD? Será que têm medo de serem invadidos por uma horda patas-rapadas armados com canetas, cheques pré-datados e vontade de mudança? Talvez estejam simplesmente demasiado ocupados a jogar às escondidas com o telefone. Quem sabe, se perguntarmos de forma educada poderão encontrar alguém para nos atender. Afinal de co(n)tas, quem é que não gosta de uma boa conversa ao telefone?
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 1 de março de 2024
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