J osé Prada, o Secretário-Geral fantasma, saiu do mundo do mortos e tem dado a cara por Miguel Albuquerque. Pensei que estava defunto, assim como muitos militantes também o pensaram, dada a sua ausência do Parlamento. Ausência de espírito porque da presença física nunca abdicou do lugar. É mais um predestinado que vive do nome da família.
Durante meses não abra a boca no plenário. E quando abre, nem que seja para debitar um parágrafo precisa que lho escrevam. Fica nervoso se tiver de falar sem que tenha lido a cartilha antes. Até os seus pares gozam com ele. Jaime Filipe e Carlos Rodrigues são o rei da chacota nas suas costas. E não é para menos. Décadas de advocacia e legislaturas atrás de legislaturas exigiam uma postura menos amadora. Mas a qualidade ou existe ou não existe. E com a vontade de trabalhar igual. E dizemos amadora para sermos condescendentes com o Secretário-geral do PSD. Bem, são os deputados que temos. Os tais que vivem do nome da família. Não é o único naquela casa. Que vivem do nome da família e vivem para as fotografias.
O empenho de José Prada veio à tona nos últimos dias. Precisa de manter o ordenado de deputado e assegurar as boas ligações da família/grupo Pestana ao Presidente do Governo Regional. De resto é só boa vida. Fotos sem sentido atrás de fotos nas redes sociais, como se fosse o James Bond, ridículo mesmo, meses e meses calado na Assembleia, ginásio ou lá aquele desporto que anda e faz questão de meter foto todos os dias, mensagens atrás de mensagens no parlamento para os seus "contatinhos"... Que vida de lorde!
No passado só o vimos tão empenhado para colocar o seu filho a Presidente da JSD Madeira. E sem sucesso porque a JSD deu-lhe um valente chuto para Lisboa. Também tentou colocar o mesmo filho como Vereador na Câmara do Funchal. Mas, mais uma vez, sem sucesso, porque a JSD deu-lhe o chuto definitivo.
Se a família Prada tivesse colocado o mesmo empenho na conclusão da licenciatura em direito do filho (tema tabu, shiuuu) como tem colocado em barrar militantes de votar, teríamos hoje mais um advogado na família. Assim não aconteceu. Em Lisboa é tudo mais difícil de conseguir. Por que será?! Os leitores que retirem as suas conclusões.
Que o José Prada pai e o José Prada filho, ambos a gerirem as redes sociais do partido, deixem de dar likes com a página do partido nas próprias publicações. É decadente, narcisista e ridículo. O PSD merece mais do que servir para alimentar o ego desta gente. Que o Prada pai deixe de barrar militantes apoiantes de Manuel António que queiram pagar as suas quotas. Que se atendam os telefones. Que se transmitam as referências multibanco. Que haja, no fundo, democracia. Ou é preciso dizer que vou votar Miguel Albuquerque para não só receber as referências para pagamento como as ter inclusivamente as quotas pagas? É preciso ser a Clara Tiago na Ribeira Brava, o Rui Marques da Ponta do Sol ou o Arlindo Pão de Machico para receber as referências todas de quem interessa?
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 5 de março de 2024
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