B om Dia. Já fui votar, eu e a minha mulher, faltaram os meus dois filhos, lá foi o tempo, emigraram. Neste dia acho que é injusto que não estejam aqui para votar porque pensa-se que, nas festas de madeirenses no estrangeiro, os que fazem emigrar, são sempre recebidos com beijos e abraços. Tal como na Madeira, muitos pura e simplesmente ignoram e é por isso que só aparecem aqueles que lhes falta massa cinzenta para pensar quem os fez emigrar.
Eu nem estou a lastimar que não estejam aqui para votar, por questões legais de voto à distância, etc, simplesmente estar aqui em convívio connosco, sairmos juntos e esta célula elementar da sociedade ir votar. Penso mais na quantidade de coisas evitáveis que desunem as famílias.
Por outro lado, isso dá-me a possibilidade de viajar a dois países com categoria, organizados, civilizados, com oportunidades, um faz fronteira com o outro, estão noutra dimensão da produtividade e da responsabilidade na Europa. Eles são motores, eles não podem parar, não podem fazer de conta, não gastam dinheiros em esquemas, têm forte classe média, simplesmente estão noutro foco que nós não temos. Só queria que esses contribuintes soubessem o que se passa na Madeira.
É interessante que para trabalhar nós subimos, para viajar ou reforma, eles descem, mas se cada um desses países não fosse justo nenhum deles sonharia em viajar e passar a reforma noutro sítio. Portanto, para gastar dinheiro a Madeira é boa, para trabalhar não, trabalha-se para ser pobres no seio da União Europeia. Que sentido tem a vida o de participarmos na economia da Madeira para tão somente sobreviver, qual a realização pessoal que temos? Ir a um arraial da anestesia? Você ouvir alguma comemoração do dia 9 de maio dia da Europa na Madeira? Mas para os subsídios não se esqueceram.
Nos dois países dos meus filhos, os supermercados são mais baratos do que na Madeira, os transportes públicos ou são gratuitos ou são mais baratos (vendo distâncias), temos viagens baratas para muitos mais destinos, os empregos oferecem seguro de doença e participam no pagamento da casa, se tomares algumas decisões por tua livre vontade baixam-te o IRS, as regras do trabalho estão criteriosamente estabelecidas e respeitadas, sentes respeito, sentes valorização e há fiscalização. Vais a um serviço, és atendido em tempo útil, sem bichas e sobretudo não sentes esquemas para ter que meter uma cunha. Há organização e eficiência. Por cá são todos uns chicos espertos abusadores. A nossa mentalidade está errada. Uma pergunta fora da onda, porque se consulta os Estados Unidos para imitar soluções na Saúde e não vamos à Europa para nos sincronizarmos? Mais ladrões?!
São os tantos que saem e não votam que poderiam mudar tudo? Por não importar outra mentalidade e esta gente que governar optar sempre por países e nacionalidade esquemáticas? Será isso que não nos permite sair da fossa? Como é que eles conseguem dependência agradecida para sobreviver? Como é que conseguem mentir por tanto tempo? Conseguiram ao longo de décadas criar laços de dependência que criam uma base de apoio suficiente para nunca sair do poder?
O que estamos a construir na Madeira sem madeirenses? O recreio dos ricos e dos bandidos?
Em julho vou visitar um dos filhos e para o outro não se sentir desprezado vou de comboio até ao outro país também para lhe fazer uma visita, é um dinheiro gasto com imenso prazer, é que são os meus filhos e arejo deste ambiente onde não se sai de casa com tudo entalado, abre-se o jornal é droga e pancadaria, etc. Estas viagens simples fazem-me sentir e estimar a Europa, faz-me impressão como de onde tanto dinheiro recebemos vemos participações ridículas nas eleições europeias, o que a fragiliza e novamente detratores e que tendem a trepar para nos fazer mal. Já penso nas outras.
Temos que nos sentir europeus e defender uma forma de estar, nela implica banir todos os que destroem a Europa, continental e insular. Tenham muito cuidado sobre o que vão dizer com os votos, no país e na Europa estão atentos, hoje vamos perceber muita coisa!
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