Menos filosofia, mais pragmatismo!


S e os partidos ditos da e na oposição, falharem e conseguir uma alternativa ao regime PSD, será cada vez mais difícil a esses partidos, encontrarem pessoas para darem a cara por uma sempre prometida mudança. Agora é o momento. Daqui a 4 anos os “corajosos” serão menos. E serão, a cada acto eleitoral, cada vez menos. Apaguem as linhas vermelhas, deixem o orgulho e a filosofia à porta das negociações. Dêem ao povo oque ele precisa - liberdade e esperança. Mostrem que facilmente se pode fazer melhor que o que tem sido feito. Se falharem neste propósito, será cada vez mais difícil convencer pessoas a darem a cara por quem advoga a mudança. A construir listas de candidatos que se oponham ao PSD.

E, uma vez que foi este o resultado, cabe aos partidos da denominada oposição, entregarem aos madeirenses, aquilo que cada um, por si, não conseguiu. Os madeirenses querem mudar, mas não vêm alternativas em que possam confiar. Os partidos querem e pedem mudança mas falham quando se trata de assumir compromissos claros e de ceder no particular, em benefício do comum.

E é essa a mensagem que deixo a todos os partidos que podem construir uma solução alternativa a este regime de 50 anos. Apaguem as linhas vermelhas, assumam compromisso entre vós e sejam claros nesses compromissos perante o povo madeirense. Criem essa solução. Viabilizem projectos há décadas travados (o ferry, a mobilidade, o fim dos monopólios que alimentam a emigração dos nossos filhos, a redução do peso do governo, uma maior imparcialidade no acesso aos fundos e apoios, uma auditoria a estes dois mandatos de Miguel Albuquerque, etc) e verão que todos ganharão em credibilidade com isso e estarão melhor posicionados para um novo e próximo acto eleitoral que julgo que será inevitável. Mas primeiro capitalizem o maior feito que podem realizar –  libertar os madeirenses desta chantagem constante. 

A necessidade cada vez mais generalizada, quer por parte das famílias, quer das empresas, de subsídios e apoios, aumento da inflação, recusa do governo em baixar impostos, impossibilidade de sequer à distância, vislumbrar uma melhoria nas condições de vida dos madeirenses, a falta de futuro e de esperança nos jovens que vão de novo começar a emigrar de forma massiva, uma função pública cada vez mais pesada e incompetente, falta de reconhecimento do mérito e consequente responsabilização dos poderes intermédios, deficiências e insegurança na nossa mobilidade, a recusa do ferry e da liberalização dos nossos portos e entradas e saídas de carga, a displicência crescente das opções do governo PSD e a insistência em prosseguir em obras a qualquer custo (seja ele monetário, ambiental e mesmo social) e mais um extenso rol interminável de razões, faziam crer que, um qualquer povo informado e consciente, seria operador convicto duma mudança. Mas não. Um povo acomodado e dependente, incapaz de ver além do verniz e polimento, acabou por ser ele próprio e não se definiu. Entregou esse papel aos políticos que, aliás, é o que o povo madeirense foi ensinado a fazer – entregar a sua vontade.

Se estes partidos, capazes de construir uma alternativa, falharem esse propósito, serão vítimas de si mesmo. Os madeirenses têm medo. Resta mostrar-lhes que é infundado e que já há muito deviam ter mudado.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 27 de maio de 2024
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