O Estado do Butão e a Ilha do Betão

As diferenças entre políticas de Turismo (noção de F.I.B. e de P.I.B.)

N a Ásia existe um Estado Monárquico chamado Butão, encravado entre a China e a Índia e na mesma latitude que o Nepal, tendo uma história muito curiosa. "Os picos do norte atingem mais de 7.000 metros de altitude, e o ponto mais elevado é o Gangkhar Puensum, com 7.570m, que nunca foi escalado. A parte sul do país tem menor altitude e contém vários vales férteis densamente florestados, que escoam para o rio Bramaputra, na Índia.

A maioria da população vive nas terras altas centrais. A maior cidade do país, a capital Thimphu (114 551 habitantes), situa-se na parte ocidental destas terras altas. O clima varia de tropical no sul a um clima de invernos frescos e verões quentes nos vales centrais, com invernos severos e verões frescos nos Himalaias.

As montanhas Negras, na região central do Butão, formam um divisor de águas entre dois grandes sistemas fluviais: o Mo Chhu e o Drangme Chhu. Pontos nas montanhas Negras variam entre 1 500 e 4 925 m acima do nível do mar, e caudalosos rios esculpiram desfiladeiros profundos nas áreas mais baixas da montanha. As florestas das montanhas centrais do Butão consistem em florestas de coníferas subalpinas orientais, em altitudes mais elevadas, e florestas folhosas nas proximidades dos Himalaias, em altitudes mais baixas." - descrição parcial retirada da internet. 

O conhecimento da sua existência ao longo dos tempos tem motivado um cada vez maior número de turistas interessados em conhecê-lo.

Sucede que, a dado momento, foram chegando ao palácio do Monarca várias e sucessivas queixas do Povo face ao número elevado de turistas, que perturbava o bem-estar da maioria dos súbditos.

Talvez por tratar-se duma monarquia e não de uma república (temática que não interessa discutir em Portugal; sendo certo que a maioria dos países europeus mais desenvolvidos são monarquias), a verdade é que o Príncipe do Butão, em vez de privilegiar os oligarcas lá do burgo, atendeu aos pedidos do seu Povo, pelo que passou a haver, em cada ano, um limite máximo de turistas a visitar aquele território.

Perguntada a razão, o Monarca terá respondido: "a maioria dos Países baseia a sua via em prol do P.I.B. (Produto Interno Bruto). A dedicação ao meu Povo (e respectivo bem-estar) leva-me a optar pela F.I.B. (Felicidade Interna Bruta)."

Mesmo de acordo com as teorias económicas ocidentais, a limitação da oferta mantendo (ou aumentando) o lado da procura faz com que o "preço de mercado" (do produto turístico) aumente. "O fruto proibido é o mais apetecido". E assim sucedeu no Butão.

Aquele destino turístico é, pois, altamente valorizado. Não só pela sua beleza natural inata mas, sobretudo, pelas exigentes limitações de acesso ao mesmo. Ao contrário dos destinos massificados (onde ninguém se entende na via pública), como Ibiza,  Algarve e, graças à política de Betão fomentada por Alberto João Jardim e pelo seu "regente" Albuquerque, a nossa Madeira.

Éramos considerados, em meados da década de 80 do século XX, um "destino de qualidade" e exímios na arte de bem receber. Não só porque quem nos procurava tinha qualidade intelectual e poder de compra, mas também porque a maioria dos hoteleiros não era dos grupos dos "patos bravos" da construção civil.

Agora, desde o "boom" do aumento do número de quartos disponíveis (eu disse "boom" e não "bloom"), passou a haver hóspedes a entrar nas recepções com sacos de supermercado e estrangeiros a perguntar onde se pode comprar drogas: estes são sintomas mais que evidentes da falta de qualidade, tal como o "all inclusive". 

Por outro lado, o rigor na contratação e formação de pessoal não se compaginava com situações, por exemplo, de "extras": trabalhadores da construção civil que vinham ganhar umas horas para servir nos salões de pequenos almoços dos hotéis (e com as "unhas negras" das mãos, que enojavam os turistas e qualquer um de nós). Muito menos trabalhadores estrangeiros que nem sequer percebem a língua (global) inglesa.

Na Madeira, em vez de termos um cliente que gastava, por exemplo, meramente elucidativo, 3000 euros numa semana (na hotelaria, na restauração e na animação), passámos certamente a ter 10 clientes a gastar esses mesmos 3 mil (numa média de 300 cada um). Chegam com a carteira contada. Havendo os que, no último dia, até vão ao supermercado pedir a devolução do dinheiro de produtos que não consumiram. Algo que a lei do consumo lhes permite.

A "postura de contabilista" de Renovadinhos, como, por exemplo, os contabilistas de formação, Pedro Calado e Eduardo Jesus (na linha do "quanto pior melhor": desregulação do mercado de camas; o alojamento local; as "rent-a-car's" que parecem os cogumelos negros dos edifícios do sinistro Custódio espalhados pela cidade; a perda de qualidade de serviços nos hotéis e restaurantes), a mando dos seus patrões oligarcas, é, nem que seja a título moral, um crime económico sucessivo de gestão danosa do património natural do nosso Arquipélago. Por isso é que sempre tivemos a (des)governar putativos "criminosos disfarçados de autoridade".

Para finalizar, num governo "a sério" (e sério) nesta região (pessoa colectiva organizada em Secretarias Regionais), a pasta do Ambiente estaria umbilicalmente ligada às do Turismo, Cultura e... Agricultura (*) (aproveitando para reduzir-se dois tachos/ordenados de secretário regional). Se, no passado, alguém teve esta ideia (não acredito que o "festeiro" sem licenciatura armado em poeta, João Carlos Abreu, tenha tido capacidade para ir mais além), o certo é que o "cartel sul-europeu" dos oligarcas (covil de "armadores" e "patos bravos" neo-colombianos) encarregou-se de mandar Jardim e o seu regente a deixá-la na "gaveta do esquecimento". 

(*) - já existem explorações agro-turísticas... as sinergias com a agricultura em geral justificam-se, precisamente em razão da matéria.

P.S. (salvo seja): 

Tal como o "bom vilão", visiono a cara do Eduardo a perguntar amanhã à sua "assessora íntima": 

- Licinha, que história é essa do "botão"? Será que se referiram ao "botão de rosa" [nas afamadas novas "Noites da Madeira" na Quinta do Arco] ou ao sítio do Covão?...

E com ela a responder: "cala-te, não sejas "podão", senão não ganhas o próximo prémio... nem o comprado".

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 21 de junho de 2024
Todos os elementos enviados pelo autor

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira

Enviar um comentário

0 Comentários