A JPP e o DN


O que não era possível com o Blandy,
mas é com Sousa e Farinha.

U ma situação que me faz impressão é a mudança de comportamento dos jornalistas que perderam o bom senso, a deontologia e a verticalidade, para se tornarem fanáticos políticos e dos seus patrões, até entendo serem amigos dos patrões mas o problema é a promiscuidade que traz "notícia". Eu entendo toda a situação de estarem de mãos atadas, sem saída e precisam do dinheiro, mas não aceito os atrevimentos de nos julgarem parvos.

Os jornalistas sabem que os patrões são o problema da Madeira em conjunto com o Poder Político, são os não eleitos que controlam os partidos capazes de formar governo. Os jornalistas sabem que houve uma grande rusga com uma enormidade de acusações, que há três, um deles patrão, outro que o sistema desejava como Presidente do Governo (e que estava a ser promovido para isso), mais um colega das obras de boa publicidade e ainda um presidente agarrado à imunidade, que foge das acusações, etc. Os jornalistas conseguem tornear as evidências e se comportarem enlouquecidos perante a verdade. Está certo que são empregados, mas o que lhes comprou a idoneidade e lhes toldou a cabeça. Não se distingue um fanático ou cacique partidário em relação a muitos jornalistas. É vê-los enfurecidos por lhes destaparem a careca porque não querem sair de um pedestal de gente séria. A comunicação social está atada para dar notícias, então toca a facturar com festas e preencher com fait-divers. É sem dúvida para estes momentos que a comunicação social da Madeira está nas mãos de Sousa, Farinha e Ramos.

Mas hoje, vagueando pela rede e pelo Facebook dei com este texto da JPP, a empresa das festas, viagens e boas notícias está num esquema igual às do CINM de caixa postal? Já tenho receio do que a JPP vai descobrir, aqui o poço não tem fundo, cava-se mais. Talvez não se saiba na verdadeira amplitude porque é que os jornalistas se enfurecem com a verdade... é mais do que certo que a comunicação social da Madeira vai cair com o poder. Impressionante, mas não surpreende. Como é que o DN-M, envolvido nesta situação, pode publicar notícias sobre esquemas e corrupção se convive no centro gravitacional? Vamos ver se vai ser só o Funchal Notícias a dar a informação (link). Vou copiar o texto:

Empresa de fachada fatura 1 milhão e não tem um único funcionário
(link)

O JPP vai intensificar a componente de investigação dos atos do Executivo regional e das manobras de agências paralelas que estão sob o controlo dos Donos Disto Tudo (DDT), declarou esta terça-feira o secretário-geral do partido, Élvio Sousa, enunciando que o objetivo é trazer a público “quem se alimenta da manjedoura do Orçamento Regional”. Revela o que diz ser “um dos exemplos mais encobertos desta rede de ‘assalto’ aos cofres regionais, a RAMEVENTOS (link), uma empresa de fachada constituída em janeiro de 2019”.

De acordo com a investigação conduzida pelo JPP, “A Rameventos já faturou, em quatro anos, mais de 1 milhão de euros com entidades públicas, totalizando 27 contratos. O curioso é que esta empresa especializada em organizar jantaradas, convívios e viagens, e que faturou mais de um milhão de euros, não tinha até 2023 um único funcionário registado nos seus quadros, um caso insólito!”

Élvio Sousa contextualiza um momento particular desta empresa: “Recordamos que a Rameventos foi a entidade escolhida pelo Governo Regional para organizar a milionária e faustosa viagem de Albuquerque à Venezuela e cujo processo está a ser investigado pelo Ministério Público”, confirma, assinalando: “Com a investigação do JPP ficou implícito o desconforto dos agentes de comunicação, pelo facto de os dados alegadamente ilegais dos bilhetes de Albuquerque e da sua companheira terem sido emitidos nove dias antes do procedimento concursal, e daquela empresa ligada ao Grupo Sousa, ter sido a única a responder ao concurso apenas 15 minutos antes do fecho do prazo.”

“Importa, também, mostrar a coincidência dos clientes públicos desta empresa satélite ou de fachada do Grupo Sousa serem maioritariamente do PSD e CDS, nomeadamente a própria presidência do Governo, as secretarias regionais, as sociedades de desenvolvimento, as câmaras maioritariamente PSD e a própria Assembleia Legislativa Regional”, refere.

Notamos também que esta situação mostra a preferência deste Governo de Albuquerque por uma empresa de um único grupo, desprezando muitas vezes a organização destes eventos na própria estrutura do governo.

JPP publica hoje na sua página as contas da RAMEVENTOS no “Portal da Transparência” do seu sítio online, através do seguinte link: https://juntospelopovo.pt/rameventos/


Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 30 de julho de 2024
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