Acerca do teleférico do Curral das Freiras

Um presente envenenado, para quem tem olhos e miolos.

C onsidero-me ignorante em geologia, engenharia, etc. Sou mais ou menos como os "engenheiros de quarta classe" apelidados pelo AJJ acerca dos avisos em relação à marina do Lugar de Baixo. Não vivo no Curral. Só lá fui duas ou três vezes ao longo da minha vida. Mas como costumo ver as notícias diariamente, lembro-me que às vezes leio "derrocada no Curral", o que mostra que as rochas para aqueles lados são instáveis.

Imagino o peso dos cabos e das cabines do teleférico que pretendem construir na freguesia. Imagino que vão construir bons alicerces, mas se a construção for de tão boa qualidade como a do Lugar de Baixo, não dura meia dúzia de anos. Eu não quereria viver por baixo. 

Ouvi na RTP Madeira há uns tempos atrás algumas pessoas a dizerem que é a melhor coisa que lá vão fazer, que a economia vai crescer. Bom, se a freguesia ficar entupida de turistas como já se vê noutros locais da Madeira e o sossego acabar, quero ver se a opinião se irá manter.  Quero ver como será quando se verem stressados no trânsito, cheirarem dióxido de carbono, travões e embraiagem (em vez de ar puro), terem garagens obstruídas por carros de rent-a-car, caixotes de lixo a abarrotarem e o mesmo a ser espalhado por gatos e pelo vento, e os preços nos cafés, restaurantes e mercearias a dispararem. 

Outra coisa que os curraleiros parecem ignorar é que os ditos grandes, caso o negócio dê dinheiro, vão fazer de tudo para asfixiar os mais pequenos. Vejam por exemplo o caso do grupo café do teatro, que tomou conta da noite madeirense. 

Às vezes pensamos que algo será o máximo, mas não é bem assim. 

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 15 de julho de 2024
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