E ste é o meu primeiro romance, se um trauliteiro como Jardim consegue escrever romances, eu também posso. Sempre é uma versão mais civilizada do que outra do tipo, se eles roubam eu também posso. Esta é uma história de amor incomum, não existe Julieta de balcão nem um Romeu com a "história do bandido" cá em baixo. Esta é a história de namoro por um carro de rali. Naquele tempo, havia uma marca com um carro disponível para a estreia em Portugal, em asfalto, a donzela da Toyota Portugal, o pai era Salvador, agora a mãe não sei se era a Caetano.
Como a donzela mais bonita do firmamento, a Yaris sem compromisso, atraiu um homem bonito, daqueles da TV e das mais nobres elites, foi paixão à primeira vista, na primeira linha do namoro. Contudo, a má fama de deixar outras namoradas à beira de estrada fazia vacilar. Mitsubishi, Peugeot, Citroen, Ford, foram namoradas que lhe fizeram a rodagem. Só faltava a donzela Yaris andar por essas serras fora, nos dentes cerrados de um São Bernardo sem Alpes Suíços e à mercê dos turistas low cost.
Mas em todo o romance, para dar pica, aparece sempre outro pretendente. Quando o São Bernardo já salivava, apareceu um garanhão puro sangue que, acenando com um "abanico de colores", composto por notas saudáveis e disponíveis sem olhares da PJ, deixaram o pai Toyota louco para entregar a sua filha Yaris a quem desse mais. Pai Toyota via dinheiro em caixa, despachar a filha com a despesa da cerimónia toda por conta do novo pretendente ... era negócio. Como nestas coisas de ralis, com estas namoradas, pouco importa a origem do dinheiro, pai Toyota entregou a filha Yaris pela Calada ao segundo amor, ficando o primeiro a chuchar nas beiças.
Foi um casamento por interesse. Dizem que São Bernardo até abriu a pipa que leva ao pescoço para esquecer. O pai Toyota cego pelas notas nem pensou no custo reputacional da donzela Yaris. Ai entregar a filha a um garanhão, mas para o ano já deve haver Yaris 3, a Toyota a fazer filhas não é menos garanhão.
Eu sei que o meu romance é de deixar qualquer um com a cabeça em água, por isso é beber para esquecer, nada como um bom Vinho Madeira numa garrafa de Cerveja Coral. Que seja tudo pelo rali e que São Bernardo não me venha bêbado por aí abaixo para uma briga de amores.
A Yaris era do Bernardo, mas o pai Toyota entregou a quem ofereceu dinheiro e, pela Calada, fugiram os dois, a Yaris e o garanhão.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda feira, 22 de julho de 2024
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