O espaço público... é público e tem uma finalidade para usufruto de todos. Ainda assim, existem governantes, autárquicos e governamentais para gerir com maior atenção e no benefício de todos. Vamos assistindo nesta cidade à apropriação dos espaços públicos do tipo, centímetro a centímetro, a ver se alguém se queixa, depois de estarem acostumados, encaixam delimitações, vasos de flores, o menu em stand-up, biombos, tudo serve. Uns são legais, outros estão além da licença entregue e ainda outros são ilegais.
A instituição de um certo tipo de usucapião na cidade, para mais valia do negócio de cada um, vai remetendo pessoas para o caminho, cria unidades que contornam os obstáculos, afugentam pessoas "da confusão" e "turistifica-se" a cidade. Como eu, muitos não gostam de ir ao centro do Funchal, prefiro me organizar de forma mais simples e não pagar balúrdios pelo estacionamento.
E agora chego ao que venho. A Rodoeste é uma verdadeira instituição, finalmente com autocarros novos. Mas ninguém mais do que eles estão instituídos a usar a estrada como parte da sua oficina. Há muitos anos que é assim, já vi pior do que o vídeo que envio, mas nada disto está certo. Não sei porque quando decidiram que todas as oficinas iriam para um parque industrial a Rodoeste ficou. A Cancela é fantástica nas sinergias que cria. Alguém desgosta de ser servido lá? As marcas até têm serviço de nos por nalgum sítio quando fazemos revisão ou arranjo de avaria.
A ocupação da faixa de rodagem em permanência e ir à segunda para manobras não está certo. Esta cidade precisa de como pão para a boca de fluidez, espero que a Presidente Pedra, que se nota estar a se fazer ao piso para se candidatar à câmara, tenha o bom senso e coragem de também observar este caso da Rodoeste. Espero também, que da mesma maneira como acabou com o tabu da Polícia Municipal, acabe com o erro de meter mais carros para dentro da cidade, assim como espero que regressemos ao tempo onde ocupar a estrada e os passeios era em situação limite.
A cidade precisa de respirar, isso faz-se devolvendo o prazer do madeirense em ir ao centro, de encontrar o espaço do madeirense na cidade, de humanizar, acabar com os abusos dos amigos da política, reduzir drasticamente o barulho, de noite e de dia, um flagelo. Parar com os atentados arquitetónicos e preservar aquele que é histórico (há mudanças no Governo para deitar o FAOJ abaixo), às licenças abusivas que estão a tornar os passeios intermitentes, etc. Se um dia houver outra pandemia vão reparar como esta cidade está despida de madeirenses.
Há quantas décadas está a Rodoeste assim? E vai piorar.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda feira, 22 de julho de 2024
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