Festa do Chão da Lagoa inova: o artista principal, as sandes de "gaiado científico" e as barracas dos partidos satélite
E m resultado das negociações secretas que levaram à aprovação do programa de governo e que mantiveram um arguido na presidência do mesmo, o testa-de-ferro do verdadeiro secretário-geral do Partido minoritário mais votado teve ordens para incluir, no pacote negocial, a oportunidade para os partidos que o apoiam de instalarem (cada um) uma barraca de comes e bebes na edição do próximo domingo da grande festa do Chão da Lagoa.
Tinha sido ainda prometido que esta "iniciativa democrática e magnânima de partilha" constasse dos cartazes de promoção que infestam a ilha e o Funchal, só que essa promessa teve o resultado que terão as medidas da oposição incluídas no programa de governo, ou seja: foi omitida, pois o 'Jaiminhe' 'nã' brinca em 'serviçe'. Experimentou assim, a oposição 'satélite', o amargo sabor da primeira das promessas não cumpridas.
Conseguiu-se, todavia, recuperar o cartaz original, que desde já se partilha com os leitores do Correio da Madeira. Esperando que faça o mesmo.
Fica um sabor "agridoce" para essa oposição faz de conta, já que, pelo menos, haverá barracas d(n)esses partidos. Podia ser pior...
À última da hora o Chega consegui meter o 'primo Basílio' a cantar o "Mãe Querida" e a relembrar Adelaide Ferreira, exclamando, com profunda 'emoção florestal' (atentas as origens): «hoje o papel principal é meu!»
Uma vez que foi capturado gaiado a mais (dez vezes mais!) do que era solicitado pela expedição «científica sem cientista», foi entendido que o "prato-do-dia" a servir em cada barraca será composto por sandes de gaiado selvagem. Decerto terão pensado que a maioria dos militantes laranja teria uma barriga semelhante à de Nuno Morna, justificação a incluir nos resultados e conclusões desse estudo científico resultante da expedição autorizada por Manuel Filipe, subalterno do Melro Preto.
Contrariamente ao que se pudesse pensar, o preço não inclui apenas o custo do papo-seco. Há que pagar proporcionalmente a captura, armazenagem e transporte do armador, a operação portuária de transbordo (a cargo do Grupo Sousa e da sua empresa OPM), a (ausência de) fiscalização das actividades económicas (afinal, tratou-se de uma 'expedição científica sem cientista'), as horas extraordinárias (facturadas mas não realizadas) pelos serviços de veterinária, os serviços pagos pela PSP (para ocultar o crime ambiental), o próprio transporte para a Herdade do Chão da Lagoa, enfim, estrutura de custos variáveis que fazem com que cada sandes tenha um valor unitário superior a 20 euros, segundo o cálculo solicitado (em ajuste directo) à ECAM, empresa de contabilidade e consultoria da qual Eduardo Jesus foi presidente e (ainda) é consultor (não estando esclarecido se é accionista)...
Assim, para que o preço de cada unidade estivesse ao alcance de todos os 'patas rapadas' que irão ao Chão da Lagoa, foi incluído, à pressa, em adenda ao programa de governo o 'gaiado solidário', a exemplo do 'gás social', atribuído à Fundação Social Democrata, de modo a reduzir de 20 para 5 o custo de cada sandes. Todavia, tal como o efeito POSEIMA (dos tempos de Eduardo Abreu no Comércio e Indústria) jamais fez com que o preço dos produtos na Madeira fossem semelhantes aos praticados no Continente, a Fundação Social Democrata, a título de custos administrativos, 'cativou' 50% desse subsídio, o que faz com que o preço de venda na barraca seja de 12,5 euros por sandes. A água (da levada) é grátis, garantiram. Mas nunca será de fiar.
Por fim, como alguém aqui denunciou que essa e outras espécies que habitam nas Selvagens alimentam-se (segundo percebi) de algas com elevado teor tóxico, o arguido Albuquerque não terá querido adicionar ao seu rol de crimes os de eventual intoxicação alimentar, actuando, como tal, a montante e a juzante: a montante mandou providenciar as ponchas que, dizem os entendidos, matam qualquer bicho; a juzante ordenou ao (obediente) CDS a instalação de sanitários móveis, equipados com água benta não vá o diabo (dos anónimos) tecê-las.
Como cautela extra e de modo a compensar eventuais alegados danos morais, o «Beto de Broxelas» oferecerá vouchers de 1 dia no Clube Naval a cada militante indisposto/intoxicado, mais uma contrapartida oculta para a projectada concessão da Marina do Funchal (mais um concurso público com destinatário definido à partida?). De modo a poupar o ambiente, o voucher não será emitido em papel; basta chegar à recepção do Clube Naval e fazer: «trim trim». É ingresso garantido no imediato.
Pelo sim pelo não, na barraca VIP, sob o argumento de defesa do ambiente e das espécies animais protegidas, e para a qual foi convidado o Provedor dos Animais (antigo cabeça-de-lista pelo PAN...), o gaiado não será servido (respeito é respeito...); será substituído por 'acepipes' de lagosta, camarão e caviar, um pequeno aperitivo antes de seguirem para o 'roof top' do Hotel Savoy, onde, aí sim, para se 'desinfestarem do cheiro a povo' (que azem um grande esforço de provar uma vez por ano, quando não há eleições), terão uma refeição digna e 'coristas' a condizer (recrutadas da Festa da Flor e da Garouta do Calhau?), em evento patrocinado pelo 'sub-patrão' Avelino, mas a mando do seu sócio, o baronete do Quebra Costas.
Como 'notícia' de última hora (não é só no DN e JM que se é 'sério'...): pelos 'relevantes serviços prestados' recentemente à máfia no bom (e mau) sentido, uma boa dose de "gaiado científico" foi enviada ao cuidado da 'Alice do Palácio de São Lourenço', para ser servida na próxima recepção aos 'diplomatas postiços' que dão pelo título de cônsules honorários. Não consta que da mesma benesse tenha sido beneficiado o honorário o Quebra Costas, talvez por limite de (san)idade ou ressabiamento daquele que, alegadamente, tem problemas renais no... nariz?
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 15 de julho de 2024
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