N ão pretendo fazer política com os incêndios que desde o dia 14/08/2024 grassam nas serras da Madeira, como manhosamente faz o PSD/Madeira. O presidente do Governo Regional da Madeira, de férias no Porto Santo, e o secretário regional da Proteção Civil, Pedro Ramos, também de férias, não geriram bem a questão dos incêndios.
O médico Pedro Ramos interrompeu as férias no dia 17, para vir à Madeira dizer que o número de bombeiros e respetivos meios eram suficientes, descartando a possibilidade de auxílio da República, alegando ainda que a Região não tinha esgotado a capacidade operacional.
Cerca de duas horas depois, a Proteção Civil Regional anunciou que a Região iria receber elementos da Força Operacional Conjunta da Autoridade Nacional de Emergência para combater os incêndios.
Afinal o que mudou nessas duas horas? É triste ver um médico a fazer figura de palhaço!
Albuquerque, algumas horas mais tarde, numa visita a uma das frentes do incêndio, afirmou que o assunto já tinha sido tratado na véspera. "Não houve denegação de ajuda" – concluiu.
Toda esta confusão, se não resulta de um erro básico de comunicação, o que é bastante improvável, revela a prática mentirosa dos nossos governantes, que assim pretendem enganar os madeirenses, pensando que estes são todos tontos e fiéis votantes no PSD.
Mais disse o presidente arguido, Miguel Albuquerque, no Curral das Freiras: O incêndio que lavra na Madeira desde quarta-feira foi causado por fogo posto. A causa é "recorrente", mas as autoridades devem averiguar.
Então ele já sabe que resultou de fogo posto em zona de difícil acesso, mas depois manda as autoridades investigar? Se Albuquerque tem a certeza do que afirmou, deve facultar, de imediato, à Polícia Judiciária e ao Ministério Público as provas da sua afirmação.
Mais uma vez, Albuquerque tentou enganar os madeirenses. Ele sabe muito bem que o fogo não começou no alto das montanhas, mas no vale da Serra d’Água, na sequência dos foguetes da festa da padroeira da localidade, e que depois subiu as encostas e propagou-se por três concelhos.
O presidente arguido, com estas atitudes, quer que o povo fale que ele, mesmo de férias, estava a tratar do envio de reforços do Continente e que tudo resultou de fogo posto, porque nunca teve a coragem de proibir a queima de foguetes nos muitos arraiais que se fazem por toda a ilha, no verão, nem de implantar políticas para prevenir incêndios florestais. Para já não falar dos reservatórios de água e as veredas votados ao abandono, ou superlotadas de turistas. Mas isso é outra conversa.
Senhor Albuquerque – Não tome os madeirenses por estúpidos. Nós percebemos muito bem as suas manhas. Não falamos, porque temos medo da perseguição que o PSD/Madeira nos faz e do desemprego. Mas compreendemos tudo.
O Senhor manda na imprensa, principalmente no DN/Madeira, que agora até concorda e premeia a Rafaela Fernandes por pretender avançar com queixas-crime contra os que lhe dizem umas verdades nas redes sociais, devido à sua incompetência e mau feitio. Fiquei chocada com esta medalha bem impressa na página 27 do Diário deste dia, 18 de agosto.
O Padre Oliveira meteu o traseiro no pântano e deixou cair a liberdade de expressão para gáudio dos seus patrões e amigos. Até onde chega um jornalista que faz do Diário um protótipo do jornalixo! Oxalá não venha a ser enterrado no lamaçal onde agora coabita.
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 18 de Agosto de 2024
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