A discussão da moção de censura ao Governo Regional da Madeira, apresentada pelo CHEGA na Assembleia Regional no dia 6 de novembro só será discutida no dia 17 de dezembro, quando o Regimento da Assembleia determina, no seu artigo 200.º, que a discussão terá de acontecer ao oitavo dia útil a contar da data de entrega.
O PSD-M, ajudado pelo PS, decidiu adiar a discussão, invocando que é prioritária a aprovação da proposta de Orçamento da RAM para 2025.
Esta é a imagem da Região Autónoma. Contraria-se uma determinação regimental. Tenta-se prolongar a agonia de Miguel Albuquerque e do seu governo.
Não se sabe ainda se o Orçamento será aprovado. Até é provável que não seja. Mesmo assim, a política baixa vai protelando uma decisão que caberia ao próprio presidente do Governo Regional, caso ele tivesse bom senso e, como diz, fosse inocente. Mas não!
Sim, ele deveria sair por sua vontade e entregar-se à Justiça, já que diz ( mas ninguém acredita) que é um homem de coragem e que não teme a Polícia Judiciária ou o Ministério Pública.
Já não vai sair pela porta grande, mas ainda pode usar uma outra saída da Quinta das Angústias.
O CDS e o PSD vão atirando as decisões para as vésperas do Natal, esperando que, depois de uns licores e aguardentes nas missas do parto, os deputados venham prontos para confundir aprovação com reprovação e a moção de censura não surta efeito. Alguns ainda sonham com o Pai Natal. Mas se vestirem o Nuno Morna de Pai Natal (até, pelo seu porte, ficaria bem!), ele não vai deitar prendas no sapatinho do Albuquerque e companhia.
A oposição está a dar tempo ao PSD para realinhar as hostes e preparar a saída de Albuquerque. Infelizmente ainda não perceberam que, se houver eleições, o PSD, sem Albuquerque ganhará, e a oposição ficará fragilizada.
Esta é uma oportunidade única, para arrumar a casa, de pôr ponto final nos esquemas e negociatas que fazem com que o poder política fique na dependência dos empresários ricos. E que haja um grupo cada vez mais rico, enquanto a pobreza prolifera.
Adiamento de reuniões, adiamento de discussões são manobras para protelar decisões importantes. Mais de um mês para levantar a imunidade de governantes e um deputado e quase seis semanas para discutir uma moção de censura são escândalos que mancham a autonomia da Região e enxovalham os madeirenses honestos que vivem com dificuldades para vencer a pobreza a que estão condenados.
P. S. Ainda não ouvi nenhum político falar da infeção Impetigo que por aí circula. O impetigo é causado por bactérias sobretudo ‘Streptococcus pyogenes’ e também ‘Staphylococcus aureus’ e constitui um sinal de pobreza e falta de higiene. Mais um índice negativo para a governação madeirense.
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 13 de Novembro de 2024
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