1. Todos aqueles que defendiam a separação da política face ao desporto e vice versa, tiveram a oportunidade de constatar, à descarada, a expressão prática da política desportiva ao serviço do poder, num programa moderado por Nélio Gouveia e do qual os comentadores afectos ao Marítimo arranjaram desculpas para não comparecer, atendendo à dimensão e estatuto do convidado. Não sendo hora para arranjar polémicas, especialmente para quem vê o Nacional de baixo para cima...
2. Apesar de compreender os motivos com que o faz (há que retribuir ao governo a parceria formalizada recentemente...), salvo o devido respeito, Rui Alves não tem razão quando aponta o dedo a Ventura, o "senhor de Lisboa que vem mandar na assembleia regional", na medida em que este limitou-se a dar ordem para os seus "peões de brega" regionais cumprirem a promessa eleitoral: "Albuquerque não!"
2.1. Não é possível manter um governo maioritariamente composto por arguidos (5 em 9, uma maioria absoluta que, se calhar, não é aquela que o próprio Rui Alves desejaria). Agora já ninguém fala do provérbio romano da Mulher de César? "À mulher de César não basta ser, é preciso parecer".
3. Felizmente que o contrato-programa plurianual de financiamento dos clubes foi aprovado, pois deixa de ser um argumento a utilizar num perspectivado exercício económico 2025 em regime de duodécimos (esse "fantasma" que não passa disso, pois não há problema nenhum em funcionar assim, excepto para aqueles que pretendam aumentar o despesismo)...
3.1. A não ser que a mesma maioria que coloque o MA(u demais para ser verdade) na rua se entenda, em paralelo à moção, na aprovação de um novo orçamento, deixando, desta vez e finalmente, os patos-bravos a "chupar o dedo", ao fim de 50 anos "a mamar" o nosso dinheiro.
4. Se a maioria dos militantes de base do PSD fosse inteligentes e, sendo-o, deixasse de ser medrosa (não confundir com os "merdosos"), veriam em Rui Alves alguém com capacidade para "salvar" o partido imprimindo uma liderança forte e, sobretudo, que não está directamente conotada com a (cleptocrática) má governação da Madeira (ao contrário de Manuel António). Não sendo o líder perfeito (ninguém é), seria um mal menor nesta fase de "(di)gestão (congestão para alguns) de danos reputacionais".
5. Adorei ver o "trabalho de casa" que Rui Alves deu às "jotinhas partidárias"*, no sentido de criarem um "governo sombra" com várias áreas temáticas. E além disso, um "atestado de incompetência" indirectamente passado a quem das mesmas proveio. Utilizando a sua expressão, de um ponto de vista extensivo, actualmente "nem servem para meus contínuos".
*os partidos da oposição também poderiam fazer isso, passando a mostrar que não são "oposição controlada" pelos DDT.
6. Uma nota para um tal de professor Jardim (o da esquerda da imagem, cujo primeiro nome não fixei, mas que talvez seja mais um funcionário público colocado num clube desportivo, logo, com ordem para adjuvar na "encomenda"), a propósito da sua "comichão" a respeito das denúncias anónimas: estas são apresentadas COM PROVAS DOCUMENTAIS. As quais, normalmente, levam, no caso, os políticos a serem constituídos arguidos. Não tivessem fundamento, às mesmas não teria sido dado qualquer seguimento processual.
6.1. E dado que quem não deve não teme, a todos é assegurado o direito de defesa (pode esse senhor confirmar com Guilherme Silva ou com Ricardo Vieira...). E mesmo que se aguarde pelo levantamento da sua imunidade (parece que já encontraram o pedido que o deputado "Brício-Dodot" terá confundido como fralda?), não perdem os direitos processuais de defesa.
7. Como gestor desportivo Rui Alves mostrou liderança: assumiu responsabilidades de planeamento e deu confiança ao treinador, indo ao encontro da maioria (... absoluta...) dos adeptos que, independentemente dos resultados transitórios, reconhecem o trabalho desenvolvido por Tiago Margarido e manifestam expressamente apoio à sua acção.
7.1. Na qualidade de adepto de sofá e de bancada (desde 1977) talvez sugerisse que, nos jogos fora de casa e de modo a dar maior equilíbrio defensivo assim como o reforço no meio-campo, experimentassem o experiente João Aurélio a lateral direito (funcionando também como um terceiro central se as circunstâncias o exigissem) e fizessem subir para a meia direita o Gustavo Garcia (que faz muito bem esse corredor, tendo técnica, velocidade e à vontade no "um-para-um"), pois que o extremo desse lado tem revelado fragilidades e alguma falta de concentração no aspecto defensivo. Fica a sugestão que poderia ser testada aproveitando-se a paragem para os compromissos da "selecção nacional" de Jorge Mendes, o DDT do futebol. Não custa ter um Plano B.
8. Por fim, os telespectadores da RTP, os leitores do CM e os militantes da laranja azeda, passaram a saber que, quando há apertos, o PSD chama como primeiro SOS aquele que deveria ser o seu líder (tal sucedeu na ameaça de manifestação junto do parlamento regional). Mas deviam ficar, também, estar conscientes de que "quem come a carne tem de chupar os ossos".
8.1. Seja esse "osso" a (merecida) liderança - que até podia atrair aqueles que deixaram de ser militantes - ou, como contrapartida, o prometido (e eternamente adiado) pavilhão a construir no Funchal (centro; e não na periferia deste). O voto de 10.000 (conhecidos) "alvi-negros" - para quem é minoritário com tendência a ficar ainda mais pequeno - tem algum "peso específico".
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 11 de Novembro de 2024
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