Renovação e ressurreição.


E m janeiro o CM fará 8 anos, nascido de um grupo de pessoas que decidiram transferir a Opinião Pública silenciada para uma esfera digital e pública, sou um dos moderadores. Coincidência ou não, nunca ninguém o vai reconhecer, foi a partir desse momento que o ambiente começou a mudar na Madeira, para chegarmos a estes dias em que vemos que as "bocas" passaram a suspeições e as suspeições a acusações. Se fosse fácil sair delas não se apostaria em advogados a custos milionários ou se tentava segurar a imunidade a qualquer custo. Tornar a Opinião realmente pública faz perceber o que as pessoas pensam e muitos deixam de ser as "aves raras", porque afinal muitos pensam o mesmo, falta verbalizar ... escrevendo.

A aposta certa é sem dúvida na Opinião Pública desprendida de interesses, o anonimato evita a receita típica de perseguir e denegrir as pessoas em vez de se falar nos assuntos. A página foi encostada a tanta coisa e nunca vingou, porque não era verdade. As efervescências de cada época tentaram fazer do site deste e do outro. Cortam o acesso ao site nas redes privadas, como se nele se praticasse crime, a opinião anónima é crime mas a corrupção anónima não? Diabolizam o mais que podem pelo facto da maioria optar pelo anonimato. A verdade, a análise "em voz alta" e pública fere e é preciso saber quem para lhe dar cabo da vida, como antigamente. Faz-se de tudo para atrapalhar nas redes sociais, poucos partilham, poucos reagem, mas as leituras são elevadíssimas. Notam-se reações e acções por causa dos textos, há mudanças, notícias para desmentir, existe a pequena dica que faz avançar (pois ainda existe gente de boa fé), alguns põem mão na consciência e outros convertem-se depois de experimentar o assédio. Alguns só usam o CM quando precisam, depois voltam à "anormalidade", é como que quisessem resolver o seu assunto porque pelo CM é eficaz, mas querem continuar a pertencer à conjuntura que não funciona. Entregam-se de novo aos manipuladores. 49 anos não é acaso, salve-se dos dissimulados.

Alguns não querem escrever e não querem que os outros escrevam, há os que ficam melindrados como se não tivessem mãos e cabecinha para responder. Outros exigem que seja assim e assado, ao longo dos 8 anos percebemos que a saca da farinha dos partidos não é diferente da outra onde está muita população. O anonimato atrapalha qualquer tentativa de fazer calar na origem, talvez esteja por aqui a génese da diabolização, única forma de tentar a autocensura, querem sucesso sem trabalho, sem argumentos, só festa e palmadinhas. Pão & Circo.

Quem se desprendeu dos partidos vota nos que forem credíveis, não querem mudar para igual com outras caras, até com aqueles que já foram o seu partido. No CM, queremos que o eleitor anónimo, para além do voto, tenha opinião. A opinião constrói assistindo a conjuntura, diariamente, em vez de se dar só o voto naquilo que quase todos os partidos que contam, vendidos a oligarcas, nos propõem. Existe uma classe política que acha que estão num curral da opinião e que só dali podem sair narrativas, insistem na atribuição política das opiniões porque... se é da população é grave e desconcertante. Desconsideram a população e acham-se o máximo, quando na verdade são uma horda de incompetentes a tratar da sua vida, na larga maioria. Uma boa parte nem a sua vida privada sabe administrar, deu errado, por isso vieram para a segurança do público.

A pobreza não nasce do acaso, nasce do egoísmo de se aproveitar a proximidade da informação e das oportunidades privilegiadas, esquecendo-se para quê se foi eleito.

Silenciosamente, a realidade vai evoluindo e com certeza não foi o que já existia a mudar, porque passaram-se décadas com o mesmo resultado, e todos voltaram a fazer igual. Alguns, quase todos têm uma extrema vaidade de ser ineficientes pelo "oficial de corridas", quando a massa que faz acontecer algo não dá crédito a panfletos de sistema, os que também tratam da sua vida e dos seus. São outros que destruíram a razão da sua existência.

Vamos olhando e quase meio século desvirtuou as missões nas instituições e, seus funcionários, ficaram sem iniciativa porque a política manietou. Nunca será o "oficial de corridas" a mudar a nossa situação.

Há partidos que já foram inteligentes, há partidos que nunca foram inteligentes, há mais outros que são oportunistas, poucos são de olhão, mesmo sem ter dimensão, daqui por uns tempos todos vão sentir o mesmo poder que tudo domina a esbracejar por mais poder, os gargalos dos partidos voltarão a ser apertados, vão se sentir injustiçados e vão ter que pagar pela estupidez, oportunismo e esperteza saloia. Quem está montado não vai sair a bem e de forma democrática.

Existe um divórcio entre aquilo que as pessoas precisam com aquilo que os partidos propõem, quando têm sucesso ou são credíveis na sua ação, recebem votos porque a população viu algum interesse. Claro que também existe populismo, os que agarram em que não pensa e fazem a "conversa do bandido".

Desprendidos, há muitos a ver imensos erros, que podem tornar o sistema numa Fénix que se renova. O mito mais famoso sobre a Fénix é sua capacidade de renascer. Quando chega ao fim da sua vida, a Fénix constrói um ninho de galhos e ervas aromáticas, aos quais se pega fogo. A ave é consumida pelas chamas, mas das cinzas surge uma nova Fénix, jovem e cheia de vida. A "Renovação" e a Ressurreição, uma história interminável, um ciclo eterno de morte e renascimento, representam a capacidade de superar dificuldades e começar de novo. No caso da Madeira, temos um exemplo perverso de Fénix, onde se renasce pela resiliência e se mantem uma ilusão de Autonomia e de Europa, mas nunca se permite a emancipação de uma classe média, nunca fizeram a Revolução Social, fundamental para credibilizar a Autonomia e a Europa sem cair em populismo. Há tremenda falha dos partidos tradicionais, chegados ao poder só pensam em si e nas suas clientelas, estão a criar a falência do mundo ocidental e dos seus valores. Na Madeira, até a virtude da Fénix se desvirtua.

Os partidos não querem mudanças, eles estão bem. Seja exigente, faça-os sentir a pressão, emita opinião, calma, explicada, fundamentada e educada, fale de assuntos e não de pessoas.

Se a Fénix laranja tiver que renascer fará um ninho de notas e votos, vão arder o que for preciso, porque o saldo do poder é sempre positivo. O dinheiro mesmo na mão de alguém tem uma sensação pública que já se recupera. Uma das queixas não é pagar campanhas com dinheiro público?

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira
, 8 de Novembro de 2024
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