M iguel Albuquerque, esse mestre da manipulação, sempre pronto a vestir a capa de vítima quando a situação lhe convém. A sua habilidade em criar uma narrativa de sofrimento digno de um épico trágico é realmente notável, mas, ao mesmo tempo, faz-nos questionar: quem, afinal, é o verdadeiro vilão nesta história?
Albuquerque, que vive a proclamar-se, tem a rara capacidade de transformar qualquer acusação em um ataque pessoal, uma perseguição contra a sua persona de mártir. Como quem é incompreendido e injustiçado, ele consegue colocar-se no centro de um enredo onde todos os erros e falhas recaem sobre os outros. E claro, a sua resposta é sempre a mesma: uma mistura de indignação e desdém, como se fosse o único a sofrer as agruras de uma realidade que, aparentemente, só ele percebe.
Ora, o que ele esquece é que ninguém é realmente tão especial assim. O seu sofrimento é de uma natureza tão selectiva e conveniente, que chega a ser risível. Quando é confrontado com críticas legítimas, transforma-se na figura de um pobre coitado que tem o mundo contra si, como se a política não fosse, de facto, o seu terreno de jogo. Ele reclama das injustiças que ele mesmo contribui para criar, misturando a sua postura de líder com o papel de mártir de uma causa que ele próprio distorce.
É curioso, não é? Como alguém que já teve tanto poder nas mãos ainda consiga encenar a atuação de vítima tão habilidosamente. Talvez seja porque, no fim, Miguel Albuquerque perceba que ser visto como um mártir é, na sua ótica, muito mais vantajoso do que assumir a responsabilidade pelas suas próprias falhas. Ele prefere o aplauso da plateia da vítima, a simpatia do público que ignora o contexto, a verdade, ou, quem sabe, até a lógica.
O problema, no entanto, é que o seu espetáculo não engana mais ninguém. O público já cansou de aplaudir os atores que se fazem de vítimas para esconder o seu próprio poder e os erros que teimam em não reconhecer. E, cá entre nós, talvez seja hora de Miguel Albuquerque encarar que o palco da política exige mais do que apenas uma boa performance de vítima.
As vitimas Miguel Albuquerque, são os pacientes oncológicos que não tem medicação, são os doentes que estão nos corredores dos hospitais por tua causa. Já ninguém aguenta. Deixa a obra parar. Quem vier a seguir só fará melhor do que tu. Marca a viagem para o Dubai antes que o trono caia de vez….
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024
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