B om dia, penso que já não é possível disfarçar que temos prémios a mais, comprados ou em causa própria. Já muita gente se dignou a ver como se ganham os Travel Awards, a maioria fala em "palhaçada". E se os comerciantes de prémios da World Travel Awards decidissem ficar com a maioria dos prémios, para se promoverem, não seria ainda mais ridículo?
O evento das 500 maiores já pouco sentido fazia no tempo do DN Madeira do Blandy, devido ao protecionismo e assistencialismo do GR às maiores empresas da Madeira. O certame só faz sentido num mercado aberto. Mas agora, ainda menos sentido faz quando se vê o proprietário do jornal organizador a ficar com a maioria dos prémios.
Se um jornal organiza um evento com prémios e os próprios proprietários do jornal acabam por ser os vencedores, pode levantar várias questões éticas e críticas em relação à transparência e integridade do processo. É verdade que são as maiores, invariavelmente, nada muda.
Podemos debater sobre o envolvimento direto dos proprietários do jornal nos resultados do evento, é um claro conflito de interesses, uma vez que eles podem beneficiar diretamente do evento que organizam. Por sua vez, este tipo de prática prejudica de novo a reputação do jornal, levantando dúvidas sobre a sua imparcialidade e integridade, tanto no evento como nos seus editoriais.
A perceção de ausência de transparência pode ser abordada, mas isto é de certeza com caso de falta de decoro, que já nos habituamos em muitas notícias em causa própria e destacadas. O processo de seleção dos vencedores torna-se suspeita, parecerá manipulada, mesmo que não o seja. Isso compromete a confiança do público. A perceção mata.
Se na era Blandy o evento era discutível num mercado fechado, agora com os proprietários do jornal a ganharem os prémios é um auto-promocional ou atitude nepotista. Premiar os próprios donos sugere que o evento serve mais para autopromoção ou favorecimento interno do que para valorizar méritos externos. Digamos que eles precisam de salientar a sua grandeza, por "mérito", para abafar os casos com a Justiça.
Assim, os oligarcas estão gradualmente a depreciar o DN-M, há perda de confiança pública e isso reduz acessos e assinaturas. Se o jornal quiser evitar tais críticas, é essencial implementar regras claras que proíbam a participação dos proprietários, para além da divulgação completa do processo de avaliação. Assim, o DN-M continua a ser brinquedo dos oligarcas e do GR e corre o risco de ser visto como parcial, manipulador ou desonesto, comprometendo a sua imagem pública.
Qualquer dia chegarão à conclusão de que foi o maior erro que cometeram, ao serem proprietários de jornais, expõem-se muito mais às críticas e tudo não passa despercebido.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 6 de Dezembro de 2024
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