Ex.mo Senhor Almirante Gouveia e Melo,
D irijo-me a Vossa Excelência com a deferência que merece um homem de honra, cuja trajetória ao serviço de Portugal inspira confiança e admiração em todos os quadrantes da nossa sociedade. Em tempos de incerteza, a liderança firme e comprometida é a bússola que guia uma nação, e muitos acreditam que Vossa Excelência possui a visão e a determinação necessárias para ocupar o mais alto cargo da nossa República.
Permita-me, pois, levantar uma questão que inquieta inúmeros cidadãos, particularmente os da Região Autónoma da Madeira. A ilha, com a sua história rica, cultura vibrante e resiliência notável, tem enfrentado desafios profundos, tanto a nível socioeconómico quanto no que concerne à conduta e à transparência do seu governo regional. Como é do conhecimento público, o executivo da Madeira encontra-se arguido em processos que lançam uma sombra sobre a sua credibilidade e, consequentemente, sobre a confiança que os madeirenses devem depositar nas instituições que os representam.
Num momento em que se coloca como uma figura de renovação e esperança para o futuro da República, gostaríamos de saber que papel entende desempenhar, caso seja eleito Presidente da República, na promoção da responsabilidade, da transparência e da justiça na Madeira. Será que a sua liderança trará uma nova abordagem para assegurar que o governo regional esteja à altura das aspirações dos madeirenses, ou arrisca-se a perpetuar a passividade que tanto tem marcado o atual mandato do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa?
O atual Presidente da República, com a sua conhecida proximidade afetiva aos portugueses, parece, no entanto, ter deixado os madeirenses à margem das suas prioridades. Apesar das promessas de proximidade e de atenção às autonomias regionais, não se vislumbram intervenções significativas no sentido de apoiar a Madeira a enfrentar os seus desafios estruturais, ou de garantir que a justiça prevaleça num momento em que a ética da governação local é posta em causa.
Os madeirenses não pedem privilégios; pedem justiça aos arguidos e a retirada imediata do Presidente Miguel Albuquerque. Não aspiram a favores; aspiram a uma República onde as suas preocupações sejam levadas a sério, e os seus representantes sejam chamados à responsabilidade. Assim, pergunto-lhe, Almirante: que Madeira vislumbra no seu Portugal? Entregar-nos ia aos espanhóis ou ao continente africano?
Certo de que o futuro do nosso país depende de líderes que não hesitem perante desafios, mas que os enfrentem com coragem e retidão, aguardamos a sua resposta com interesse e esperança. Os votos dos madeirenses ainda contam para a Presidência da República. Marcelo Rebelo de Sousa, se fosse agora, não teria o nosso apoio.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 7 de Dezembro de 2024
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