Total deriva


C omeça uma semana crucial para Albuquerque e para muitos que só pensam em si, os carneirinhos da governação, os que obedecem à voz de comando sem pingo de crítica para o que se está a passar, colaboracionistas e cúmplices.

Albuquerque foi o indivíduo que nas Regionais disse que não governaria sem uma maioria absoluta, a par do medo e do assédio, apresentou-se com uma represália a votos. Albuquerque não teve maioria absoluta e, seguindo a tradição de homem sem palavra para promessas e compromissos, ficou no poder, chamando a bengala e negociando com todos os que quisessem, desde que não perdesse o poder. A oposição podia pedir tudo menos a "cabeça" de Albuquerque.

Nos entretantos, por esta altura há um ano atrás, ninguém imaginava o terremoto que se estava a preparar para janeiro. A par dos outros sem imunidade, Albuquerque foi indiciado de oito crimes, incluindo corrupção activa e passiva, motivo que justificou a sua constituição como arguido e pelo qual não larga a imunidade. Mas, das acusações, incluem-se ainda a prevaricação, recebimento indevido de vantagem, tráfico de influência, participação económica em negócio, abuso de poder e atentado contra o Estado de Direito. É preciso não esquecer que é por isto que nasceu o imbróglio. Por muito menos outros se demitiram, o que leva a crer que Albuquerque, que já exerceu advocacia, sabe perfeitamente que a coisa está negra e a imunidade é essencial para ganhar tempo, para inventar algo, da mesma maneira que todos os dias nos enche de narrativas onde a oposição é que é a culpada. Ouçam o link .

Depois de tanto medo, porque a não aprovação do orçamento vai parar tudo, será uma catástrofe, é uma irresponsabilidade, etc, onde Albuquerque é alheio de tudo, o mesmo diz que não vai embora se o orçamento não for aprovado (link). É uma nova represália, mesmo que derrotado na ALRAM, no Orçamento, não se demite. Deve querer a vitimização com Moção de Censura. Não é a oposição que está a brincar e a ser irresponsável, é Albuquerque que coloca toda uma Região pendente de que vá embora, para limpar a cara do Governo, para termos credibilidade, para expurgar esta ilha que funciona à volta de negócios muito obscuros, para encaminhar o orçamento em favor da população.

Este indivíduo diz tanta coisa, mas esta é a essência do problema. E porque é previsível que todos já estejam cansados da narrativa e negociações sem cara, Albuquerque pode ter um dezembro de derrota. Vamos lavar a cara da Madeira. Não falta gente para ocupar o lugar.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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