Venha morrer à Madeira – um negócio promissor!


Os jovens não nascem ricos para vender casas de um milhão.

Uma terra de futuro, chuta jovens, acumula idosos e bandidos.

S e está na terceira idade, já usa bengala, cadeira de rodas, parabéns! Descobriu o paraíso final: a Madeira, o local ideal para uma partida célere e (quase) sem custos. Aqui, o slogan não é “Venha Viver à Madeira” – porque sejamos francos, quem quer viver aqui depois dos 70? Não, aqui é “Venha Morrer à Madeira!”. O Hospital é o seu bilhete rápido para o fim.

Na Madeira, não há filas para exames complicados ou tratamentos inovadores – sabe porquê? Porque não existem. Por cá, o hospital orgulha-se de ter um conceito minimalista: sem medicação, sem aparelhos modernos, sem stress! Os médicos estão tão desatualizados que, se lhes falar de penicilina, acham que é uma banda dos anos 80. Mas não se preocupe, porque eles também não se preocupam consigo. É eficiência a um nível quase espiritual.

Os residentes locais, coitados, já estão habituados. Quem nasce aqui já sabe que o final é garantido no corredor do hospital, ao som de tosses alheias e com uma vista privilegiada para a máquina de snacks. Mas como turista, você terá um privilégio especial: morrer num hotel! E a melhor parte? Não pagará nada pelo sistema de saúde. É como um pacote all-inclusive, mas com um final dramático!

Além disso, onde mais pode contemplar uma paisagem tão bonita enquanto espera pela inevitabilidade? Imagine isto: uma varanda com vista para o mar, a brisa do Atlântico a acariciar-lhe a face enquanto os pulmões se despedem lentamente. Quem precisa de um lar de idosos abafado quando pode ter esta experiência VIP? Não Perca Tempo! Se já está na reta final e quer fazer história como o turista que veio à Madeira para… bem, ficar para sempre, este é o destino perfeito. Venha para a ilha onde os postais são bonitos, as ponchas são fortes, e o sistema de saúde é uma roleta russa. Reserve já a sua passagem (só de ida, claro).

Quem realmente sai a ganhar com esta dinâmica turística são as agências funerárias. Estas são as verdadeiras rainhas do empreendedorismo insular, com um fluxo constante de "clientes" (literalmente até à morte). Enquanto os hotéis têm épocas baixas e os restaurantes enfrentam a crise das dietas, as funerárias nunca param. Elas já têm pacotes especiais: "O Eterno Descanso com Vista para o Mar" ou "Adormeça entre montanhas. Aqui, o lema é simples: enquanto há gente a respirar (por pouco tempo), há faturação garantida.

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 25 de Dezembro de 2024
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