A Madeira é a região com maior nível de alcoolismo no país. É TAMBÉM a casa de uma das maiores empresas de cerveja do país. Coincidência? Certamente. Quem é o dono? Adivinhem? Fala na rádio, tem um ego do tamanho do mundo e acha que manda em todos, é dono dos bares que não deixam os residentes e moradores, que aguentam a ilha, descansar em paz durante a noite. Quem é, quem é?
É comovente, quase poético, pensar que uma região que já lidera na capacidade de erguer copos ao céu também se dedica a produzi-los. É como se a Madeira tivesse decidido que não bastava ser campeã no consumo — era preciso fechar o ciclo e garantir que a fonte do néctar nunca secasse. Sousa, visionário, não há como negar.
E que orgulho para os madeirenses, hein? Uma verdadeira obra-prima de auto-suficiência. Afinal, por que importar cerveja quando se pode beber diretamente do berço? É como se a ilha dissesse ao resto do país: "Segurem as vossas imperiais lisboetas e os vossos finos nortenhos, porque aqui a malta bebe à séria - e de produção local!"
Mas sejamos justos. Há quem veja isto como um exemplo de empreendedorismo. Se o público quer álcool, quem somos nós para recusar? E mais, dizem que é ótimo para a economia local. Porque nada grita "desenvolvimento regional" como combinar elevados níveis de consumo com produção em massa. Um brinde ao turismo, que vem à ilha para caminhar nas levadas e sai... bem, de rastos.
Ironias à parte, é reconfortante saber que a Madeira não só reconhece as suas estatísticas, mas as abraça com um copo na mão e uma piscadela no olho. Não é todos os dias que uma região consegue transformar um problema de saúde pública numa oportunidade de negócios. Saúde!
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 18 de Janeiro de 2025
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