A 23 de Março, haverá novas eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira, em virtude de as muletas, PAN e Chega, terem “perdido a confiança” no PSD, partido a que tinham dado a virgindade, a honra e mais umas coisitas que não vale a pena esmiuçar agora.
Torna-se, assim, necessário fazer uma análise às forças, putativamente, em presença nos boletins de voto, três dias após o equinócio da Primavera no hemisfério Norte (a apresentação tem como critério de ordenamento o “peso” das últimas eleições – Maio 2024):
PSD – Agrupamento liderado e mantido por suspeitos de actos ilícitos.
Quase 50 anos de governação deram de comer a muita gente; infelizmente, sempre para os mesmos e não para os que realmente necessitam. Suspeitas e mais supeitas, com denúncias demonstrativas de que algum (muita) coisa não estava bem, não evitaram contínuas votações com valores suficientes para que o lodaçal continuasse. É de crer que, ou está muita gente à volta da mesa, a digladiar-se pelas migalhas que caem, ou aquele estudo que concluia que 40% dos portugueses só compreendem textos simples e matemática básica peca por defeito (assim já se percebe muita coisa).
PS – Grupo de amigos de longa data que são muito exigentes na entrada de novos sócios.
Durante o período de domínio do “laranjal”, nunca se conseguiram entender completamente, nem com os outros partidos da oposição que poderiam criar mais-valia, nem sequer entre eles próprios. Quando alguma coisa idêntica a um entendimento positivo pareceria possível, arranjam sempre maneira de dar cabo de tudo. Não seria de estranhar que por lá andassem algumas toupeiras laranja a fazer trabalho de sapa...
JPP – Tem o mérito de, como a aldeia gaulesa de Astérix, ir resistindo sempre e sempre ao invasor. Aparecem agora com grandes ambições e promessas de mundos e fundos, algumas delas potencialmente irrealizáveis ou de muito difícil concretização nos moldes apresentados. Fica o benefício da dúvida. A ver vamos.
CH – Conjunto de alegados ingénuos, às ordens de um bando de criminosos com covil em Lisboa.
Com o advento da extrema-direita racista, misógina, xenófoba e etc e tal, também na Madeira apareceram subitamente vários elementos que perderam a vergonha, bem espelhado nos seus discursos desfazados da evolução da sociedade e da vivência que o ser humano “normal” deveria esperar no século XXI (e já lá vai um quarto de século). O estudo apontado anteriormente, encaixa também aqui perfeitamente. O facto de mais de metade da população ter nascido após o 25 de Abril de 1974 poderá ser sintomático. A “favor” dos “cheganos” madeirenses: que se saiba, ainda nenhum foi acusado de roubo (de malas ou de outra coisa), pedofilia ou crime de alcoolismo na condução...
CDS – Ainda conseguem fazer listas?
Com a concorrência cada vez maior de outras direitas, de várias formas e feitios, não bastam as carinhas larocas do José e da Sara para segurar a areia de votantes que se vai esvaindo entre os dedos dos candidatos centristas. Será que conseguem manter o grupinho?
IL – Votar num “gordo” ainda vá, mas num Camelo?
No anterior acto eleitoral, o volumoso candidato apelava ao voto no “gordo” e a patética sinceridade do auto-“bodyshaming” parece ter dado algum resultado. Entretanto, as convulsões internas nacionais (falsificação de assinaturas??? Ó Tiago!!!...) parece terem-se estendido até este arquipélago e o deputado de peso perdeu a paciência e deixou a direcção do partido para outro liberal de pacotilha, que pretenderá agora contribuir para a diminuição do peso médio dos deputados da Assembleia Regional. Boa sorte.
PAN – A facção (é só um elemento, mas está sob o efeito Dunning-Kruger) de masturbadores virtuais que serviram de vibrador (em conluio com três cheganos) a um partido em que já ninguém está interessado, nem a pagar, tem novos desafios pela frente. O primeiro é eleger a PANcrácia que demonstrou grandes dotes contorcionistas, tentando ficar bem com deus e com o diabo; no caso, improvável, de voltar a ter tacho, seguidamente vai ter de decidir que pés é que vai beijar desta vez (estou a ser simpático; tinha escrito outra coisa, mas substitui), para parecer que percebe alguma coisa do assunto e que PAN quer dizer Pessoas, Animais, Natureza e não Prazer Aperfeiçoado na Net ou Podcast a Apreciar à Noite...
BE – Uma colectividade de esforçados, que, diz o povo, só faz falta quando não está (elegem, não elegem, elegem, não elegem... e aqui vamos).
De boas intenções está o inferno cheio, costuma dizer-se, mas as boas intenções não elegem deputados. Fruto de uma interacção “fraquinha” com os eleitores, a mensagem ou não passa ou não é suficiente para reunir um número de votos suficiente para eleger deputados desta força. O eleitorado “base” tem tendência a dispersar-se por outras entidades da mesma área política que falem (ou gritem) mais alto.
Força Madeira (PTP, MPT, RIR) – Com esta associação de cómicos, tinha mais piada se se esquecessem de cedilhar o “c”.
A dinastia Coelho está perpetuada (que tal uma candidatura feminina às “presidenciais”?). Por outro lado, tinha sido melhor o Valter insistir em chamar Prime à “equipa”; Zarco, via-se logo que não tinha qualquer chance. Finalmente, no meio destes “maduros”, falta o Roberto Vieira. Será que anda de Liana em liana à procura de novo tacho? Já não lhe restam muitas hipóteses. Mais uns a perder tempo e a gastarem dinheiro que podia ser utilizado em coisas mais úteis.
CDU – Agremiação de antigos políticos que não souberam acompanhar os tempos. Agarrados a velhos dogmas, não têm emenda.
Mais eficazes que outras forças de esquerda a tentarem passar a mensagem (pelo menos, mostram-se mais acutilantes e barulhentos), mesmo assim não obtêm grandes ganhos. Também apanharam o “vício” do entra e sai da Assembleia?...
ADN – “Á” quê?
Não se percebe por que razão há tantos partidos com a mesma obnóxia linha política. Não têm propostas objectivas e só se destacam, como todos os desta laia, pelos pensamentos retrógrados e desfasados temporalmente. Mais dinheiro deitado ao lixo.
Livre – Livra!
Para alívio de outros partidos da mesma área política, não conseguem encontrar (nem no continente nem na Madeira) mais alguém com o carisma do Rui Tavares. Talvez devessem limitar-se à cultura e deixarem as coisas “mais sérias” para quem percebe do assunto. Também dinheiro para o lixo?
Nova Direita – Nova em que aspecto?
Mais um dos cogumelos venenosos que aparecem ciclicamente, quer chova quer faça sol. Só o nome já é hilariante. As ambições políticas ainda o são mais. Outros que não têm amor ao dinheiro.
PPM – Ahn?
Mais de 100 anos após a instauração da República, Portugal ainda tem um partido que defende a monarquia. Vá lá que é só um. Pelo menos, estes não se multiplicam a cada acto eleitoral. Não deixa de ser curioso que os monárquicos concorram para terem lugar numa assembleia republicana. Como seria se um dia fossem maioria? “Derrubavam” a República, rasgavam a Constituição e iam buscar o D. “Duatg” para nos perguntar: “Que é que eu sou? Que é que eu sou? Que é que eu sou?”, e o povo gritaria embevecido: “Sois rei!!! Sois rei!!! Sois rei!!!”.
Resultados no dia 23 de Março, à noitinha. Mas não se esqueçam: cada povo tem o Governo que merece.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025
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