O caos cultural no concelho de Machico


Quando a Câmara Municipal se afastou da realidade

U m concelho de sol radiante e paisagens de cortar a respiração, mas onde a cultura está a definhar por entre mãos incompetentes e uma gestão cultural em estado terminal. Desde que a vereadora Dra. M. V. se ausentou por motivos pessoais, o concelho ficou ainda mais à deriva, entregue a uma equipa que nada sabe sobre o que é promover a verdadeira cultura e que, pelo visto, não tem interesse nenhum em fazer mais do que o mínimo para manter as aparências.

A verdade é que, depois de se ter ausentado a Dra. M., a gestão cultural não melhorou em nada, pelo contrário, piorou. Quem ficou à frente do setor? Uma senhora que, sinceramente, conseguiu ser ainda mais ineficaz. O que, convenhamos, não era tarefa fácil. Com a Dra. M. já o setor estava longe de ser um exemplo de excelência, mas agora a situação chegou a um nível de desgoverno total. Enquanto isso, os mesmos interesses continuam a ser alimentados, com um foco absurdo em figuras como o "Camões Pequeno", o Padre Martins que até agora tem um mural enorme, ao bom estilo vermelho numa parede em Machico, e, claro, o famoso Dom Tolentino – o arquivista do Vaticano que parece estar no caminho para a escolha de Papa, com o poder de trazer a glória para Machico.

Quem assumiu a posição após a saída da vereadora não tem, de longe, a competência necessária para reverter o cenário. E, para piorar a situação, o assistente da Dra. M. – aquele que está o dia todo a passear pelo Solar do Ribeirinho e no café, em vez de realmente trabalhar – tem sido um espectador passivo e uma sombra que nada acrescenta. O que faz ele, afinal? Perambula, como se estivesse numa visita guiada, sem dar um único passo para inovar ou melhorar o que quer que seja. O Solar do Ribeirinho, que já não era grande coisa, tornou-se ainda mais um centro de inutilidade e imitação.

E a tal senhora que ficou no lugar da vereadora Dra. M.? Bem, ela conseguiu fazer a gestão cultural de Machico afundar ainda mais. Se antes a situação já estava longe de ser ideal, agora é um completo desastre. A diferença é que, antes, pelo menos alguns dos projetos tentavam respirar e alcançar algo de positivo, por mais difícil que fosse. Agora, não há nada. É como se o concelho tivesse virado o palco exclusivo de um jogo de favores pessoais e interesses desmedidos, onde o que realmente importa é agradar a certas figuras, como o Camões Pequeno, o Padre Martins e o sempre presente Dom Tolentino.

Tudo o que a nova gestão fez foi garantir que a cultura de Machico continuasse a ser vista como uma ferramenta para alimentar o ego de quem está no poder, em vez de ser uma verdadeira fonte de inovação e valorização para o concelho. Um centro cultural que deveria ser o coração pulsante da cidade, foi transformado em um espaço de fachada, onde se promove mais a bajulação do que o verdadeiro fazer cultural.

Enquanto isso, o povo de Machico, que merece tanto mais, continua a ver a sua identidade cultural ser ignorada em prol de interesses pequenos e interesses pessoais. A verdadeira cultura, aquela que traz consigo o espírito e a alma do concelho, está a ser enterrada na falta de liderança e na incapacidade de olhar além do próprio umbigo.

É urgente que alguém ponha um fim a esta comédia de erros, que não é só triste, é vergonhosa. Se a gestão cultural de Machico não mudar radicalmente, o concelho continuará a definhar na mediocridade, enquanto os mesmos rostos se perpetuam no poder, com a cultura a ser usada como um brinquedo nas suas mãos.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025
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