Desqualificados para governar a coisa pública.


Q uando alguém ganha as eleições na Madeira, isso quer dizer que agora é essa pessoa e o seu grupo que vão mandar no governo da ilha. Mas mandar não é só dar ordens! Também têm a grande responsabilidade de cuidar do dinheiro que vem do continente.

Sim, porque a Madeira não fabrica notas nem tem uma árvore das patacas. O dinheiro que paga as estradas, os hospitais, as escolas e até algumas festas vem, em grande parte, do governo de Lisboa. É como se a Madeira fosse um jovem adulto que ainda recebe mesada dos pais para pagar as contas – mas os pais (o governo central) confiam que esse dinheiro vai ser bem gasto, e não torrado em copos ou coisas sem jeito.

Agora, o problema é que, às vezes, alguns governantes esquecem-se que esse dinheiro é para ajudar o povo e começam a metê-lo onde não devem. É como se a mãe desse dinheiro ao filho para comprar pão e leite, e ele gastasse tudo em raspadinhas e francesinhas no café. Depois, quando a mãe pergunta, ele diz que o pão estava caro ou que perdeu o troco.

Um bom exemplo disto é o que está a acontecer agora na Madeira: há cinco arguidos do governo de Miguel Albuquerque, o que significa que há cinco pessoas que estão a ser investigadas por suspeitas de terem feito maroscas com o dinheiro público. Mas o que é ser arguido? Muita gente confunde com "culpado", mas não é bem assim. Ser arguido significa que a justiça está a investigar a pessoa porque há fortes indícios de que pode ter feito algo de ilegal. É como se o professor apanhasse um aluno a mexer na mochila do colega e dissesse: "Tu és suspeito de roubo! Agora vamos investigar se foi mesmo tu ou se só estavas a ver se ele tinha um lápis extra."

No caso dos governantes da Madeira, a suspeita é que o dinheiro que deveria ter sido usado para obras e serviços públicos pode ter sido desviado para beneficiar certas empresas ou certas pessoas – e, se isso for verdade, é como se o tal jovem que recebe mesada da mãe gastasse tudo em festas e depois dissesse que o dinheiro foi roubado por um fantasma.

O problema disto tudo é que, enquanto uns fazem fortunas com esquemas, o povo é que paga a fatura. Faltam médicos nos hospitais? "Ah, não há dinheiro." As estradas precisam de obras? "Epá, temos de cortar no orçamento." Mas depois, quando se veem contratos públicos com valores que não fazem sentido ou governantes a viver como milionários, a pergunta que se impõe é: "Então, mas o dinheiro foi para onde?"

Por isso, quando alguém ganha as eleições na Madeira, o que o povo espera é que governe de forma séria, usando bem o dinheiro que recebe. Porque uma coisa é governar, outra coisa é tratar o governo como se fosse um cofre pessoal.

O dinheiro público não pode desaparecer como cuecas na máquina de lavar. É para ser usado com juízo, transparência e a pensar no futuro. Porque, no dia em que Lisboa se fartar de mandar dinheiro e disser "Agora safem-se sozinhos!", aí é que vamos ver quem soube gerir e quem só soube encher os bolsos.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 1 de março de 2025
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