H á coisas que parecem saídas de um filme de mau gosto, mas acontecem mesmo. Entrei no Restaurante, parte integrante da Residencial Amparo, em Machico, com o meu pai, que tem uma deficiência numa perna. Eu ia jantar, ele apenas queria tomar uma bebida. Algo simples, sem complicações. Mas foi aí que começou o espetáculo de contradições e regras sem lógica.
Primeiro, informaram-me que a cozinha estava fechada. Eram 17h40. Pouco depois, afinal já estava aberta. Parece que os tachos aqui funcionam com um relógio só deles. Mas o melhor veio depois: quando expliquei que ia comer e o meu pai apenas queria uma bebida, a funcionária saca da cartilha das regras mágicas: “Bebidas dum lado, comida daquele lado”. Como se estivéssemos num jogo de tabuleiro e tivéssemos de cumprir regras inventadas na hora.
E a cereja no topo do bolo? A total falta de formação no atendimento. Nenhuma explicação coerente, apenas um conjunto de normas sem qualquer sentido prático ou consideração pelo cliente. Se um restaurante serve comida e bebida, por que razão impõe restrições absurdas sobre quem pode consumir o quê e onde?
A solução foi simples: saímos. Porque um restaurante que dificulta o básico não merece nem o nosso tempo, nem o nosso dinheiro. Fiz a devida reclamação à defesa do consumidor, mas isso não basta. Todos devem saber como funciona este estabelecimento, para que não passem pelo mesmo tratamento surreal.
E depois há um detalhe curioso: a Residencial Amparo foi um dos projetos com o toque especial da nossa bem conhecida designer madeirense, Nini Andrade. Sim, aquele toque sofisticado e conceptual, mas que parece não ter sido estendido ao atendimento. Se o design do espaço foi feito à imagem dela, talvez o serviço tenha seguido a mesma linha artística – bonito de longe, mas, na prática, um verdadeiro desafio de interpretação. Agora, a grande questão: o que vem a seguir? Guardanapos em origami e menus escritos em linguagem cifrada?
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 2 de março de 2025
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