Um Governo para manter a insustentabilidade

 

Massificação do turismo não é sucesso,
nem todo sustentável é acertado.

E ste governo está legitimado pelo povo da Madeira para prosseguir uma série de atentados ambientais. Por isso, não se espere que depois de atingir a massificação do turismo e a insustentabilidade ambiental ocorra algo para minimizar os estragos.

Precisamos urgentemente minimizar os estragos, o que exige uma combinação de políticas públicas, mudanças no setor privado e conscientização dos visitantes. Precisamos de regulamentar e controlar o Turismo. Limitar o número de visitantes em áreas sensíveis através de quotas, reservas antecipadas ou períodos de acesso controlado. De introduzir taxas turísticas ambientais, revertendo os fundos para a recuperação da natureza e da infraestrutura sustentável. Temos que regular o alojamento local para evitar especulação imobiliária e pressão sobre os moradores locais.

Temos que promover o turismo sustentável, apostar no turismo de menor impacto, como ecoturismo, turismo rural ou cultural, em vez do turismo de massas. Não podemos continuar a achar sucesso "o que vem à rede é peixe). Há que criar certificações ambientais sérias para operadores turísticos que respeitem práticas ecológicas. Descentralizar o turismo, promovendo destinos alternativos para reduzir a sobrecarga em áreas superlotadas. Onde queremos ir no Funchal, vai ser um grande resort, não pára a compra de edifícios para alojamento local, estamos a descaracterizar tudo, a cidade vai ficar irreconhecível.

Precisamos de uma aposta na recuperação e proteção do Meio Ambiente, ao nível do que apostam no betão. A gestão florestal tem que ser uma realidade com orçamento à altura, a reflorestação tem que aumentar a aprovação, acabe-se com o mercantilismo ambiental dos senhores da serra. É preciso ser sério a implementar projetos de reflorestação e recuperação de ecossistemas afetados, sobretudo pelos incêndios.

É preciso melhorar a gestão de resíduos e água, garantindo que o turismo não degrade recursos naturais. Acabar com a política de Campos de Golfe e reforçar a vigilância ambiental, multando atividades turísticas que prejudiquem o meio ambiente. Os vídeos sucedem-se mas não se vê uma atitude prática de fiscalização.

Temos que apostar na educação, mas sobretudo a conscientização. Criar campanhas para educar turistas sobre a importância da preservação ambiental, já à entrada do aeroporto. Para isso é preciso envolver a comunidade local na gestão turística para garantir que os benefícios sejam distribuídos de forma justa e com uma pequena ajuda de todos na abordagem aos turistas para as boas práticas. É o povo vigilante o segredo de turistas que sintam que não podem prevaricar.

Incentivar um consumo responsável no turismo, promovendo produtos locais e evitando práticas predatórias de importações. É aqui que a agricultura pode renascer com uma vocação e um sentido.

É possível vencer o desafio de equilibrar a economia com a preservação ambiental. Deveria ser com gente nova, não daqueles que provocaram a massificação e que nunca vão reconhecer o erro. Se medidas eficazes forem aplicadas a tempo, é possível reverter parte dos danos e criar um modelo de turismo mais sustentável para o futuro. Não estava na equação os atores serem os mesmos ...

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