E stamos no fim da campanha e vale a pena pensar um pouco nela. Os partidos cumpriram os seus ‘calendários’, as suas estratégias de campanha, os seus contactos. Todos? Não. O PSD esteve – talvez para muita gente – muito estranho.
Não esteve, não. Teve uma campanha diferente, sim. O candidato esteve ausente de todos os cartazes, é verdade. Apareceu nestes últimos dias a ameaçar com o caos se não for presidente e a afirmar-se por uma maioria absoluta. A campanha foi praticamente feita pelo grupo parlamentar e umas quantas caras desconhecidas com promessas repetidas há décadas, sem serem cumpridas. Os jornais e a RTP Madeira ‘só’ foram um bocado pior do que é costume. As Casas do Povo tiveram dinheiro para se mexerem bem, mas isso já é a regra.
Aqui e ali, percebe-se que esta campanha – que corre por fora, que prepara assalto aos votos, que tem antecedentes pouco limpos (quem não se lembra de que mortos já votaram, que se distribuíram frangos à porta das mesas de voto, que uma urna foi passar a noite a casa do presidente da junta, em vez de ser entregue com os votos que lá tinha dentro), que assegura transporte de eleitores comprando-lhes o voto, que exigiu/exige fotografia do boletim de voto com a cruz no psd, que até liga para o nosso telefone com uma gravação de ‘Albuquerque’ a pedir o voto – pode não estar a correr tão bem como expectável.
Esta campanha que esconde Albuquerque (arguido como metade do seu governo) como, acredito, não esconderia o diabo, não está a ser feita com as regras normais; está a ser feita na sombra, está a ser preparada para roubar votos nas urnas, para manipular, para ameaçar.
É essa a campanha que está a ser feita e que precisam de fazer. Por isso,
- Gente que diz mal do governo, como o faz Jardim, declara que o voto é no PSD.
- Gente humilhada pelo chefe do governo e que viu os seus apoiantes serem corridos dos cargos que tinham por o apoiarem, como Manuel António Correia, declara que o voto é no PSD.
- Gente que sempre se serviu do partido e do governo, como Jaime Ramos, tem que vir à luz do dia quando sempre se movimentou na sombra e gente, como Jaime Filipe Ramos, a quem Jardim já chamou de pequeno Salazar, declaram que o voto é no PSD.
Todos unidos? Não, todos a defenderem-se! Toda esta gente precisa de dar, agora, a cara. Está tudo seguro? Está tudo certo? Não está.
Mas uma coisa é segura e certa: estão todos a olhar para si mesmos, para os seus interesses e para as suas negociatas. Todos eles, mas todos, são responsáveis e cúmplices pelos 49 anos de má governação e muitos grandes interesses para muito poucos privados que nos trouxeram até onde estamos. Nenhum deles está a pensar nos cidadãos que passam fome, nos que não têm saúde, nos que precisam de casa.
Preparemo-nos que os sabotadores estão a trabalhar na sombra.
Preparemo-nos que podemos fazer diferente.
Por uma vez, talvez pela primeira vez, é preciso pensar mesmo muito bem.
Com duas ou três certezas: não basta votar contra qualquer coisa; a abstenção não permite mudar seja o que for; é preciso votar POR:
uma governação diferente – que nunca tivemos;
governantes que sejam sérios e não sejam arguidos e acusados de crimes vários – que é o que mais temos visto nos últimos tempos;
qualidade para a nossa vida – que cada vez mais está ameaçada.
Vamos votar POR!
Clara Sofia
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