N uma comparação mais contemporânea, Miguel Albuquerque é um Trumpezinho. Quer mais lealdade do que conselheiros que o façam governar bem, até porque não pode, vai continuar às ordens dos oligarcas, politicamente legitimado com uma maioria absoluta dando, de novo, uma chucha ao CDS por ainda menos: 1 deputado.
Todos nós percebemos com as eleições que o madeirense acha a corrupção uma estabilidade e muitos sorriem, porque nunca a conjuntura foi tão ruim para o PSD para que a oposição pudesse ganhar. Quem falhou, claramente, foi o Partido Socialista, não formou o seu resultado para que numa coligação pudessem afastar o PSD. Ninguém mais tolera as brigas, a incompetência e este penar de 50 anos que parece não atingir o orgulho de ninguém, desde que chegue ao tachinho.
Mas voltando a Albuquerque, o angélico da culinária é perverso nos caldinhos. Hoje sai uma notícia no JM, tipo trabalho de investigação, que nunca ocorre contra os Oligarcas, Miguel Albuquerque e sua pandilha, mas ainda a exploração de todas as acusações graves que o Judicial deu a conhecer.
Já começou o abate dos inimigos, a JPP que se vá acostumando a ser líder da oposição com o fel que existe no PSD e no seu "Povo Livre", os casos das bolsas e da propaganda eleitoral é um mosquito coado no meio dos camelos do PSD, mas nunca explorado pela comunicação social.
E agora chegamos a Manuel António Correia que, depois de ter experimentado o caso das Pescas vai encarar o uso do Teleférico da Fajã dos Padres para sua eliminação política definitiva. Como tudo encaixa nos timings certos, sim... porque Albuquerque já trabalha para as Internas e Congresso que ele vai permitir que exista para ser glorificado... sem opositores.
Há vários exemplos históricos de líderes políticos que consolidaram inicialmente o poder com apoio interno, apenas para mais tarde eliminar ou marginalizar esses mesmos aliados quando já não lhes eram úteis. Albuquerque, o menino de coro de Direita com 8 acusações graves, e uma delas é de atentar contra o Estado de Direito, parece que estuda as autocracias e ditaduras de esquerda e de direita.
Joseph Stálin (ex União Soviética) é provavelmente o exemplo mais clássico. Chegou ao poder depois da morte de Lenin em 1924, Stálin usou alianças temporárias com outros membros do Partido Comunista, como Zinoviev, Kamenev e Bukharin, para eliminar rivais como Trotsky. Em seguida, quando já tinha o poder centralizado, mandou prender, exilar ou executar praticamente todos os seus antigos aliados durante as purgas stalinistas nos anos 1930.
Napoleão Bonaparte (França), para sua ascensão, usou alianças com diferentes fações durante a Revolução Francesa para subir ao poder. Depois, para consolidar, passou de Cônsul para Imperador, e aí afastou e neutralizou muitos dos que o tinham ajudado, incluindo antigos republicanos revolucionários.
Adolf Hitler (Alemanha), arranca a sua história quando subiu ao poder com o apoio de diferentes alas do Partido Nazi, incluindo os SA (Sturmabteilung) liderados por Ernst Röhm. E a história repete-se, em 1934, durante a Noite das Facas Longas, mandou assassinar Röhm e muitos outros membros das SA para assegurar o apoio do exército tradicional (Wehrmacht) e consolidar o seu poder total.
Mao Tsé-Tung (China) teve a sua ascensão durante a revolução e a guerra civil, Mao contou com o apoio de outros líderes comunistas como Liu Shaoqi e Lin Biao. Já estão à espera da machadada? 😁 Durante a Revolução Cultural, muitos desses líderes foram humilhados, presos ou morreram em circunstâncias misteriosas, Lin Biao morreu num suposto acidente aéreo enquanto fugia da China. Putin também se inspira...
Albuquerque e estes exemplos mostram um padrão clássico em regimes autoritários, alianças táticas no início, seguidas por "purgas" ou traições estratégicas quando o poder já está consolidado.
A comunicação social nesta terra seria honesta se tivesse trabalho feito com jornalismo de investigação sobre as acusações graves de muita gente do sistema que volta a ganhar. A maioria dos madeirenses têm genes de Miguel, Joseph, Napoleão, Adolf, Mao ... que linda terra temos. Os meus parabéns.
Muito menos guerreiro, Correia se avião mas com teleférico parece-me um Yevgeny Prigozhin. O exemplo mais recente deste tipo de atitude democrática. Aguardo pela vez dos madeirenses que alimentam o monstro, o mesmo dos 6000 milhões.
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