A extrema-direita divide e cria inimigos para obter votos através das revoltas básicas que não olham para os fundamentos e para as opções. A extrema direita cria medos, divisões, inimigos externos e internos para capitalizar votos de pessoas pouco esclarecidas e com pouca profundidade nos assuntos, depois, quando chega ao poder implementa políticas de que nem os eleitores da extrema direita estavam à espera. Este é padrão comum da extrema-direita moderna, e os EUA são um caso paradigmático e em directo que deve ser um aviso para todos, especialmente com a ascensão ou regresso de figuras que representam esta forma de estar
Portugal tem defensores desta forma errática de estar e defendem o que se está a passar nos Estado Unidos: o Chega. As pessoas devem manter a sua liberdade de voto, mas pensar melhor no que fazem, de um dia para outra, dão oportunidade a que se efective o que se está a passar nos EUA. Se agora nos impressiona e tem influência, não queira saber como é ver em direto a destruição do país, neste caso Portugal.
Cuidado com o caso do jovem assassinado em Braga e a narrativa a volta, eu quero a verdade, eu não quero a instalação do crime de outros países no meu país, mas também quero que as autoridades atuem, a investigação e a justiça, em tempo útil para proteger o nosso país. Se as instituições democráticas funcionarem, eram atuam em nossa proteção e em proteção de uma democracia sem inimigos a medrar.
Eu não gosto de clubite na política, a cegueira que, como na Madeira, votou na estabilidade da corrupção. Ela existe, depois no futuro, em situações normais, permitem a ascensão da extrema-direita. Num espaço maior seria certo.
É estranho querer falar da extrema-direita e perceber como na nossa terra o PSD atua da mesma maneira, sobretudo numa estratégia política desde sempre baseada no medo e na divisão. Criam inimigos imaginários ou exagerados, no caso da extrema-direita é imigração, elites globais, "agenda woke", comunismo, etc. No PSD é a oposição, algo tido por dramático, até porque passam o tempo a criar toupeiras para afundá-la.
Quanto a extrema-direita (e pensem na campanha eleitoral de Trump), simplifica problemas complexos e têm atitude jocosa com os adversários, parecem "os maiores", mas é um vazio. Transformam crises económicas, sociais ou culturais em narrativas com "culpados" fáceis. Depois, eles próprios motivo do caos, explorar inseguranças e prometem segurança, ordem e soberania como resposta ao caos (real ou fabricado). Para isso, usam linguagem emocional e polarizadora, apelam mais à raiva, medo e nostalgia do que à razão ou factos. Eles são caos e solução. Os eleitores não devem cair nesta ratoeira.
Estas estratégias tornam-se muito eficazes entre pessoas, menos expostas a debates críticos ou diversidade de opinião. Aquelas que só acordam com o foguetório da extrema-direita, que quase sempre encaram com enfado estas realidades, cansam-se das elites políticas tradicionais e sentem que estão a "perder espaço" (económico, cultural, identitário), à luz da extrema-direita.
E agora, o poder. A extrema-direita, quando chega ao poder surpreendem até os seus eleitores que votam por desespero ou protesto. Mas nunca dão parte fraca nem reconhecem e prossegue o erro, como na Madeira da Estabilidade. Lamentavelmente, esta gente não espera ruturas institucionais sérias, mas elas acontecem e é olhar para os EUA. Olhem para os exemplos! Estes eleitores, acreditam em promessas populistas (baixas de impostos, mais empregos, segurança), tudo simplificado, mas depois vem a incompetência.
A extrema-direita, com vista à sua perpetuação no poder, minam as instituições democráticas, atacam imprensa livre, justiça independente, parlamentos. Assim, aumentam o autoritarismo através do culto de personalidade, repressão a opositores e protestos. Estou a falar da extrema-direita e não de Madeira e EUA, mas dá na mesma. Aplicam políticas económicas regressivas, ou seja, não interessam à população, região ou país, mas favorecem as elites económicas, enquanto os mais pobres continuam a perder.
Extrema-direita significa redução das liberdades individuais, nomeadamente de minorias, mulheres e opositores. Lembre-se do que se passa nos EUA, Trump e os seus aliados usaram o medo da imigração, do “deep state” e da perda de identidade americana branca e cristã como motores eleitorais. Criaram um discurso de “América em decadência” e “Make America Great Again”, com fortes tons nacionalistas e anti-globalistas. Como já sabem, o resultado é inverso... Prometeram defender os trabalhadores e a classe média, mas cortaram impostos às grandes empresas e elites. Alimentaram teorias da conspiração (QAnon, fraude eleitoral) e minaram a confiança nas instituições. O episódio do ataque ao Capitólio a 6 de janeiro de 2021 mostra até onde pode ir a erosão democrática. Mobilizar eleitores revoltados com base em mentiras pode acabar em violência institucional.
A extrema-direita é manipuladora e mente. Acorde. Nos EUA foi possível desbancar a extrema-direita do poder com Biden, agora, em 2025, está de novo no poder e há um novo clima de tensão, com um programa ainda mais radical e vingativo, prometendo retaliações contra os seus adversários e uma administração de lealdades pessoais, não de competência.
Acorde. A extrema-direita não é apenas um “partido de protesto”; é um movimento com implicações profundas e duradouras, enfraquece a democracia por dentro, constrói regimes personalistas e não liberais. Desilude até os seus próprios eleitores, mas mantém-se no poder através de manipulação institucional e mediática. Olhem para os EUA. Na história e no presente, quando estas forças chegam ao poder, raramente saem sem resistência ou crise. Portugal já teve esta dose.
A extrema-direita mentem para chegar ao poder, depois é pelo menos um mandato de descalabro que um país pode não sobreviver.
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